O Turnitin, conhecido software de deteção de plágio, usado em milhares de universidades e escolas em todo o mundo, está agora a desenvolver uma ferramenta que será capaz de identificar texto gerado por inteligência artificial.

Desde o lançamento do ChatGPT, por parte da OpenAI, que os modelos de linguagem têm ganho tração, sendo que várias empresas estão a apoiar-se neste trabalho para gerar novos sistemas de criação textual semelhantes, onde o utilizador tem apenas de deixar instruções para receber respostas fluídas, coerentes e convincentes.

Por conta disto, há cada vez mais estudantes a fazerem-se valer destas ferramentas de IA para completar os seus trabalhos, sendo que a comunidade educativa ainda não teve tempo para aferir o impacto da utilização deste tipo de software. Nos estados norte-americanos da Califórnia, Nova Iorque, Virgínia e Alabama, várias escolas optaram por bloquear o acesso ao ChatGPT, nas redes públicas de internet.

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Ainda não existe uma forma eficaz de detetar texto gerado por IA, mas o Turnitin promete ser uma solução viável para o efeito. A empresa foi adquirida em 2019, pela Advanced Publications, num negócio avaliado em 1,75 mil milhões de dólares. O seu software já foi utilizado em mais de 140 países, pelo que o repositório de ensaios a que tem acesso a torna na empresa ideal para desenvolver uma nova ferramenta académica com vista à identificação de texto artificial.

O Turnitin está a trabalhar neste novo software deste o lançamento do GPT-3, em 2020. "O tempo importa. Temos recebido várias mensagens de professores que nos pedem uma solução. A primeira fase do programa vai consistir num detetor básico, mas, depois disso, vamos conseguir lançar vários updates que tornarão a utilização da ferramenta num processo mais fluído e imediato", afirmou Annie Chechitelli, chief product officer, em conversa com o The Register.

Inicialmente, o programa será gratuito para atuais clientes, uma vez que a empresa terá de recolher feedback e dados com vista a tornar o software mais profícuo e eficaz. "Mais tarde, veremos como podemos rentabilizar esta solução", afirmou Chechitelli.

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