Embora ainda exista muito por explorar, a Administração Pública pode ser actualmente encarada como uma das alavancas da SI em Portugal, defende Luís Valadares Tavares. Segundo o presidente do INA, em declarações ao TeK no decorrer do primeiro Congresso Nacional da Administração Pública "Os vectores da Mudança", a AP é neste momento um dos impulsionadores da actividade empresarial na área das Tecnologias, dando como exemplos os vários projectos de compras electrónicas em vigor em alguns ministérios.



Apesar da Sociedade da Informação não estar concretizada, Valadares Tavares defende que Portugal não está assim tão mal. "Ainda hoje o embaixador de Portugal na OCDE apresentava uma reflexão muito interessante acerca da apreciação que a organização faz da evolução da SI nos vários países, e Portugal está bem classificado", salientou.



O atraso verificado na reforma da AP em Portugal coloca segundo Valadares Tavares, não ao nível do hardware e software mas ao nível do que chama de manware, um estrangulamento para o qual a aposta maior numa política de formação seria muito importante.



O esforço de formação deve aumentar mas também é importante que as pessoas estejam interessadas em aprender, destaca ainda Luís Valadares Tavares. Nas acções que promove, o INA diz formar por ano cerca de 12 mil quadros da função pública, sendo que um terço dos mesmos teve contacto com matérias relacionadas com as tecnologias.



Confiando que o eGov é uma das vertentes mais relevantes e com maiores potencialidades na aproximação do cidadão à Administração Pública, o presidente do INA refere ainda que é necessário que progressivamente a AP esteja mais coordenada com os backoffices e que num site único seja apresentada a face da administração, perante a qual o cidadão obtém resposta a todos os seus problemas.

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