À medida que os anos vão passando, a tecnologia vai ficando mais complexa e com a capacidade de receber e adaptar uma série de novas funcionalidades, que se vão materializando em novos formatos e novos suportes.
Se é verdade que hoje é muito mais simples armazenar e guardar tudo o que fazemos, também se verifica que o acesso a alguns formatos e suportes mais antigos já não é fácil.
Vint Cerf, mostra-se preocupado com o tema e defende que há um risco real dos ficheiros mais antigos se tornarem obsoletos e completamente ilegíveis. Mesmo se lhes conseguirmos aceder é provável que não consigamos perceber para que serviam.

Atualmente um dos vice-presidentes da Google, Vint Cerf esteve numa conferência da Associação Americana do Avanço da Ciência e partilhou receios com a audiência.

O desenvolvimento da tecnologia tem feito com que vários formatos e acessórios deixem de ser utilizados - disquetes, por exemplo -, ainda que constituam um elemento importante na história da informática. "Preocupo-me muito com isso", disse Cerf à BBC, "toda a gente está a passar por isto. Os formatos antigos de documentos que criámos podem não ser legíveis pelas últimas edições de software, pois a compatibilidade nem sempre fica garantida". "Mesmo que acumulemos grandes arquivos de ficheiros digitais, podemos não conseguir fazer o suficiente para saber o que aquilo realmente é", acrescentou.

A solução para evitar uma "era negra digital", diz Vint Cerf, passa por "tirar um snapshot do conteúdo juntamente com uma descrição e preservá-lo durante um longo período de tempo. Essa captura digital iria recriar todo o passado no futuro". Essencialmente, Cerf diz que se deve "registar" e "rotular" tudo o que marcou a história da informática para que as próximas gerações possam entender qual foi afinal o seu propósito.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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