Um estudo apresentado pela Work Foundation considera que os governos têm um papel fundamental na promoção do teletrabalho e que é urgente vencer uma serie de barreiras para que esta nova fórmula de relacionamento entre empresas e trabalhadores ganhe uma nova dinâmica e passe a ser utilizada amplamente.



O estudo considera que o receio de muitos trabalhadores nesta nova forma de relacionamento com as empresas é infundado e que, por seu lado, os gestores terão de entender que garantir trabalho eficiente não é sinónimo de ter os trabalhadores debaixo da sua vista.



A fórmula mais eficaz para este tipo de trabalho, considera o
estudo, passa por definir critérios de qualidade e períodos temporais por mútuo acordo com o trabalhador. O documento realça que é importante programar os tempos de disponibilidade do trabalhador, embora não recorrendo a um sistema de vigilância.



Segundo o estudo, estatísticas do Governo britânico apontam para um aumento do teletrabalho na ordem dos 13 por cento ao ano, desde 1997, sendo que a maioria dos trabalhadores que utilizam esta modalidade produzem mais e são mais empenhados.



Os dados apurados levam a fundação a concluir que o teletrabalho deveria ser encarado de forma mais séria e não apenas como forma de flexibilizar as obrigações contratuais. A World Foundation considera que o Governo terá um papel fundamental neste trabalho, nomeadamente incentivando e guiando as empresas, ajudando-as a definir metas e parâmetros para esta nova forma de relacionamento.



A Work Foundation é uma entidade independente, com sede no Reino Unido, que realiza estudos e investigações relativamente ao uso das tecnologias aplicadas à indústria.



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