A Yahoo está a ser alvo de um novo processo judicial na sequência de informações partilhadas com as autoridades chineses que levaram à prisão e tortura de cidadãos daquele país, seus clientes.



Os três chineses acusam a empresa, numa acção movida a partir dos Estados Unidos, de ser responsável pelas sanções de que foram e estão a ser alvo ao partilhar com as autoridades do seu país informação que permitiu identificá-los como opositores do regime comunista.



O processo judicial pede à empresa de Internet - que terá partilhado emails e outros dados das comunicações electrónicas - uma indemnização por danos, num valor não revelado pela imprensa internacional que avança a informação.



Um dos três chineses envolvidos no processo está nos Estados Unidos para onde conseguiu fugir depois do julgamento, impedido de voltar à China já perdeu vários bens. Outros dois permanecem no seu país. Um foi impedido de continuar a ser professor e um terceiro está a cumprir o quarto ano de uma pena de oito.



Este é já o segundo processo judicial que a Yahoo enfrenta por partilhar informação com o Estado chinês sobre os conteúdos das comunicações dos seus clientes naquele país. O primeiro não chegou ao fim já que a empresa acabou por entrar em acordo com os autores, uma decisão que poderá ter de repetir, neste caso e noutros que possam surgir.



Um dos envolvidos neste novo processo já afirmou conhecer pelo menos mais 60 de prisões arbitrárias na China, de cidadãos que pediam eleições livres e respeito pelos direitos humanos, também eles possivelmente identificados com a ajuda da Yahoo.



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