Um dos painéis da manhã do último dia do Congresso da APDC foi dedicado ao tema “O Outsourcing pode funcionar nos Serviços Públicos, reduzindo custos e aumentando a eficiência?”, procurando os oradores chegar a uma resposta para a questão colocada. Com posições maioritariamente favoráveis à externalização de alguns serviços, não core, da Administração Pública, os participantes no painel apontaram porém alguns factores a ter em conta para que a experiência seja positiva.

Os principais avisos foram lançados por João Bilhim, professor do ISCSP e presidente da comissão técnica do PRACE, que acredita que não há uma respostas única sobre as vantagens do outsourcing, que tem de ser visto sector a sector. Admitindo diferentes modelos para a externalização, o professor alinha como ferramentas de apoio à externalização o POCP e os novos departamentos de apoio à governação alinhados no PRACE.

As visões das empresas representadas no painel foram mais claramente favoráveis ao outsourcing, com Luísa Lisboa da Siemens a apresentar as vantagens da externalização como factor de inovação, com a capacidade de alterar processos e chegar a reduções de custos na ordem dos 20 a 30 por cento. António Raposo de Lima, administrador da IBM aponta as experiências positivas existentes em várias áreas como a prova de que o outsourcing pode realmente reduzir custos e melhorar eficiência, enquanto Pedro Queirós, da Lógica CMG, mostrou uma perspectiva totalmente favorável.

Embora com uma postura favorável, Carlos Janicas, directo geral da HP não deixa de avisar que para que o modelo tenha sucesso é preciso também aque a Administração Pública esteja preparada para gerir o outsourcing, formando e formatando as pessoas, uma visão defendida também por Anabela Pedroso, vogal da UMIC, que partilhou a sua experiência pessoal na Administração Pública, onde já geriu diversos processos que passaram pela externalização de funções, como a Loja do Cidadão.

Admitindo que os resultados do outsourcing não são claros, e que existe dificuldade em os medir, Anabela Pedroso defende uma especialização dos gestores da administração pública para saberem gerir os contratos, pedindo e exigindo o que é necessário para o bom funcionamento da relação de parceria com os fornecedores.

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