A BlackBerry continua a ser uma tecnológica, apenas não é a mesma empresa que todos conheceram: em vez de ser pioneira e ter uma quota respeitável no mercado dos smartphones, a empresa está agora mais focada nos serviços que pode disponibilizar e rentabilizar.



A comprovar isso mesmo estão os mais recentes resultados financeiros que mostram que 46% das receitas conseguidas tiveram origem na venda de smartphones, enquanto a maior fatia foi conseguida pelos programas proprietários como o BlackBerry Enterprise Security.



Os resultados dizem respeito aos meses de setembro, outubro e novembro – que correspondem ao terceiro trimestre fiscal da empresa para o ano de 2015 – e mostram receitas de 793 milhões de dólares, cerca de 645 milhões de euros. Daqui a tecnológica conseguiu seis milhões de dólares de lucro, mas quando as contas incluem o pagamento de taxas e impostos, então o resultado é negativo e na casa dos 148 milhões de dólares.



Ainda assim estes são números muito positivos para a BlackBerry e para a direção de John Chen, já que no terceiro trimestre fiscal de 2014 as perdas rondavam os 4,4 mil milhões de dólares.



Quanto a vendas de smartphones propriamente ditas, a BlackBerry diz que foram comercializados 1,9 milhões de equipamentos, um valor que continua a marcar uma trajetória descentente – em igual período do ano passado a empresa tinha vendido 4,5 milhões de smartphones.



A BlackBerry lançou na última metade do ano dois equipamentos que são fiéis às raízes da empresa: o Passport, um smartphone para empresários; e o Classic, um equipamento que continua a apostar na fusão entre ecrãs touchscreen e um teclado QWERTY físico.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico