O programa das Jornadas Business-to-Business (B2B) em que estiveram presentes um conjunto de empresas, nomeadamente PMEs e que reuniu a Tradecom, a Microsoft Portugal e a Commerce One, em Lisboa, incluiu a apresentação das respectivas soluções na promoção do E-procurement (a compra e venda business-to-business de serviços e produtos através da Internet), da gestão de compras "em colaboração" e no esclarecimento das plataformas tecnológicas para fornecedores.


As vantagens do E-procurement comparativamente aos processos tradicionais, bem com as soluções e plataformas tecnológicas mais adequadas quer para os actores dos mercados públicos e privados quer para os fornecedores foram alguns dos temas tratados pelos intervenientes.


Jorge Lopes, administrador executivo da Tradecom, salientou que a mais valia daquela plataforma multisectorial B2B, "é a flexibilidade dos contactos e a possibilidade de compradores contratarem com fornecedores num mercado público em ligação directa, via Internet".



A Tradecom fornece serviços business-to-business no mercado nacional desde o seu lançamento em Maio de 2000, tendo adoptado a plataforma B2B da Commerce One, nomeadamente a solução Collaborative Procurement (gestão de compras "em colaboração") que comercializa em regime de outsourcing. A empresa associou-se também desde Maio de 2001 ao pmelink.pt, o primeiro portal vertical dirigido às pequenas e médias empresas.



Os componentes do E-procurement


A Commerce One é uma empresa de e-marketplace (mercado electrónico) que desenvolveu o Collaborative Procurement, englobando sectores como o aprovisionamento, a gestão de fornecedores, a gestão de projectos, os leilões e pagamentos. Estas últimas funcionalidades irão permitir a ligação ao e-marketplace da Tradecom e para a concretização dos serviços e negócios que se encontrem para lá da comunidade de fornecedores principais, o cliente pode aceder à Global Trading Web (a maior comunidade virtual de comércio electrónico B2B do mundo).

A Commerce One está presente no mercado português desde Abril de 2000 e Javier Celaya, director de desenvolvimento de negócio da Commerce One, confirma que "mediante estas ferramentas, as médias e as grandes empresas têm vantagem na economia de escala e as PMEs, comprando aos fornecedores através da Net e diminuindo os custos, podem verificar o retorno do investimento em três meses".

No nosso país existem três mercados públicos que utilizam a tecnologia Commerce One, a Tradecom.pt, IwayTrade.com o portal da SAPMarkets e o IndustryPortugal.com da Sterling Commerce.

Especialmente dirigido a fornecedores

Do lado dos catálogos electrónicos, surge o Supplier Enablement da Microsoft, concebido de modo a abranger fornecedores de diferentes características organizacionais e complexidade e permitindo a interoperabilidade e gestão de plataformas comuns.

"Ideal para prover o B2B de indústrias tipicamente portuguesas, como a da cortiça, do calçado e têxtil", segundo Henrique Carreira, gestor de soluções empresariais da Microsoft Portugal, "o preço depende do grau de customização que o cliente quiser e o seu desenvolvimento pode decorrer entre duas semanas a um mês".

O Supplier Enablement garante a gestão de catálogos e a ligação ao e-marketplace, o processamento de ordens de compra e o suporte a decisões críticas para o negócio, entre outras potencialidades.

Aquele responsável demonstrou ainda algumas das funcionalidades daquele produto, esclarecendo que "as empresas que fazem negócio na Internet têm um dilema muito grande: como é o caso da integração do sistema e dos canais de venda numa solução time to market".

Os componentes principais do Supplier Enablement, a estratégia de negócio B2B para fornecedores, passam pelo Microsoft Windows 2000 Server, Microsoft SQL Server 2000, Microsoft BizTalk Server, entre outros produtos complementares, implementados por parceiros certificados e adequando as infra-estruturas das empresas às novas realidades do negócio electrónico.

Das conclusões das jornadas reiterou-se a importância dos governos, tanto o nacional como o comunitário, elaborarem legislação que permitam que as compras indirectas de materiais para o sector administrativo e Estado, sejam efectuadas em regime B2B em mercados electrónicos. Na opinião dos presentes haveria poupanças amplas e um crescimento exponencial desta área de negócio.

Dulce Mourato




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