Depois da formalização do acordo com o MIT, no início do mês, o Governo assina esta manhã o protocolo de colaboração com a Universidade norte-americana de Carnegie Mellon, prevendo a criação de um instituto virtual, programas de formação avançada e acordos de investigação. Mariano Gago tinha já garantido que os três programas de colaboração tecnológica com Universidades norte-americanas estariam formalizados até final de Novembro, faltando agora assinar o acordo com a Universidade do Texas.

Mariano Gago, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior afirmou na conferência de lançamento que esta é uma parceria que se quer estável e para muitos anos, onde a criação do Instituto internacional conjunto, virtual e "sem muros", e com os dois pólos, mostra uma vontade de trabalhar para o futuro. "Este pode vir a ser um dos mais inovadores institutos internacionais nesta área", garante.

O programa de acordo com aquela que é considerada uma das melhores escolas do mundo nas áreas da Informação e Gestão de Tecnologia, Sistemas de Informação e Informática prevê a criação de três programas anuais de Mestrado com grau duplo com a Universidade de Carnegie Mellon e ainda quatro programas de doutoramento, em Engenharia de Computadores e Electrotecnia, Ciências Computacionais, Processamento Computacional da Fala, Informação e Gestão de Tecnologia, e Matemática.

À semelhança do acordo com o MIT, foi realizada uma fase preliminar de avaliação da colaboração com o Carnegie Mellon, tendo sido identificadas áreas de cooperação científica e tecnológica, assim como para o reforço da capacidade de I&D e de ensino pós-graduado de instituições nacionais num contexto internacional.

Entre as entidades que participam no acordo contam-se 12 Universidades, 8 faculdades e escolas que integram centros de investigação e ainda quatro laboratórios e um instituto. Estão também envolvidas no protocolo a FCCN e a UMIC.




Instituto virtual

A criação do instituto internacional de natureza virtual, designado por Information and Communication Technologies Institute (ICTI) é um dos pilares do acordo, estando prevista a criação de dois pólos diferentes, o ICTI@Portugal e o ICTI@CMU. A inovação do conceito foi realçada também por Manuel Heitor, secretário de Estado da Ciência e Tecnologia.

O programa de acção do Instituto será centrado em temas de processamento e redes de informação, incluindo engenharia de software, redes de informação, segurança de informação e tratamento computacional da língua, mas envolvendo componentes aplicacionais de redes e tecnologias de sensores e gestão de infra-estruturas críticas, assim como de análise de políticas de informação e gestão do processo de mudança tecnológica, envolvendo, ainda, a área de investigação matemática.

Empresas com papel relevante

O acordo atribui igualmente um papel relevante às empresas, que irão lançar um programa de afiliação industrial no âmbito do Instituto de Tecnologias da Informação e Comunicação, que conta com as empresas associadas no INOVA-RIA (Associação de Empresas para uma Rede de Inovação em Aveiro). No protocolo estão incluidas também a Portugal Telecom, a Novabase e a Siemens, assim como empresas tecnológicas como a Critical Software, SkySoft Portugal, Altitude Software e Priberam Informática.

Mariano Gago destacou o interesse das empresas que desde o início se empenharam na parceria, assumindo compromissos relevantes, de multiplicar o investimento próprio de I&D e de recrutar novos investigadores, assumindo principios definidos no Plano Tecnológico.

Nota da Redacção: [2006-10-27 11:58:00] A notícia foi actualizada com informação entretanto recolhida na conferência de imprensa.
[2006-10-27] A informação sobre os compromissos assumidos pelas empresas foi autonomizada noutra notícia, Empresas são novamente parceiros cruciais em acordo entre o Governo e a CMU

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