
A Honor antecipou o Mobile World Congress com a apresentação das suas novidades tecnológicas, mas sobretudo a partilha da sua estratégia para o ecossistema de equipamentos Magic. A inteligência artificial está no centro da filosofia da empresa e avança com o investimento de 10 mil milhões de dólares para criar um ecossistema de equipamentos de IA, avançando que todos os utilizadores podem partilhar e tirar partido do valor da tecnologia.
Muito se falou no Alpha Plan, que a fabricante avançou como teasing nos dias que antecederam o certame tecnológico em Barcelona. Sabe-se agora que se trata de uma nova visão de equipamentos interligados, além de avançar com o compromisso de oferecer sete anos de atualizações do sistema operativo Android e segurança para a sua série Honor Magic. O primeiro equipamento a usufruir desta longevidade é o Magic7 Pro, que já está à venda em Portugal, mas que na sua apresentação não tinha sido partilhada esta novidade. A fabricante pretende alargar a iniciativa a mais modelos de smartphones no futuro.
Segundo a fabricante, o seu plano é desenvolver um smartphone que pretende revolucionar a interação entre as pessoas e os equipamentos, ligando o ecossistema de IA aos seus consumidores. Pretende ainda reinventar o hardware tradicional com IA para smartphones, transformar PCs, tablets, wearables e outros. A Honor não pretende caminhar sozinha e o CEO da empresa, James Li, apelou aos aliados da indústria para expandirem as suas capacidades de IA e criarem uma plataforma mais abrangente que permita abraçar uma gama alargada de equipamentos com IA.
Veja na galeria imagens da apresentação:
Aproveitando a sua estadia em Barcelona, James Li diz que a Europa é a sua segunda casa, vivendo há seis anos no território. E convida todos a participar na nova jornada da empresa, ligada à inteligência artificial. Considera que a tecnologia é a força condutora para o progresso da humanidade, mas pergunta como podem ser ultrapassados os desafios da inteligência artificial. A ideia da empresa é colocar o humano no centro da experiência e beneficiar os avanços dessa tecnologia. Os equipamentos de IA fazem a ponte do ecossistema de inteligência artificial com os humanos. A Honor pretende unir no equipamento IA o chip de IA, sistema operativo e um modelo de IA, unificado então naquele que é o Honor Alpha Plan. "De um fabricante de smartphone a líder de fornecimento de soluções de IA", salienta o CEO da empresa.
O primeiro passo no plano é criar o smartphone inteligente, equipado com o chip de IA, mas também outros equipamentos como computadores, tablets, smartwatchs ou wearables. Todos eles devem beneficiar da inovação de inteligência artificial. Mas depois seguem-se os agentes de IA e o ecossistema interligado.
“Hoje, encorajo todos os players estratégicos do sector a unirem-se e a abordarem em conjunto os vários desafios e oportunidades que a tecnologia de IA nos oferece. Isto significa transformar a indústria num ambiente verdadeiramente aberto e conectado, promovendo uma colaboração fluida entre diferentes sistemas operativos e criando um ecossistema de dispositivos baseados em IA, assente na partilha de valores”, disse na sua intervenção na conferência da empresa.
A sua estratégia é trabalhar junto com os parceiros para maximizar o potencial da tecnologia, aumentando a produtividade e transformando a sociedade e cultura. Como incentivo, e até em género de “desafio”, o líder da empresa avança com o primeiro passo de investimento de 10 mil milhões de dólares no tal Alpha Plan, como um sinal da sua confiança no potencial do ecossistema de equipamentos focados em IA.
A resposta não tardou e no palco de apresentação James Li recebeu representantes das tecnológicas Google, Qualcomm e a CKH Group, que parecem alinhados com o Alpha Plan, além das operadoras de telecomunicações Orange, Telefónica e Vodafone. Foi acesa uma árvore em representação do ecossistemas e equipamentos conectados por inteligência artificial, num ato simbólico da parceria. A Honor pretende chegar em 2040 a neutralidade carbónica e em 2050 nos seus produtos e linhas de produção.
Alex Katouzian, diretor-geral de Mobile da Qualcomm, salienta o entusiasmo de fazer parte deste “plano”, numa parceria com a Honor para integrar a sua tecnologia de IA. Entusiasmo partilhado por Matt Waldbusser, diretor-geral das soluções globais e de consumi de IA na Google Cloud, pela integração do Gemini nos equipamentos da Honor.
A Qualcomm diz que está a colaborar com a Honor para ligar vários equipamentos de forma fácil, para uma experiência múltiplos dispositivos. Também está a trabalhar numa nova experiência do utilizador (UI) inteligente para aceder a emails, localizações, fotos, sensores, texto, voz e áudio. A conetividade e o gaming fazem parte da colaboração nos avanços que estão a preparar.
Matt Waldbusser salienta a inovação e colaboração, assim como a forma como a IA está a acelerar, e todos os dias há novas descobertas. Na Google Cloud diz que se cria tecnologia de IA para amplificar e não substituir o humano. IA Translator e Eraser são algumas das ferramentas que estão a trabalhar juntos, com base no Google Gemini.
Novos equipamentos, mas apenas um chega a Portugal
Relativamente a novos produtos, com o Magic7 Pro lançado recentemente, esperava-se que a fabricante levasse para o MWC os novos smartphones dobráveis, como o Honor Magic V4 e o Magic V Flip 2, que ainda são considerados rumores. Em vez de smartphones, a Honor apresentou novos equipamentos com o foco, obviamente na inteligência artificial.
O primeiro é o Honor MagicBook Pro 14, um PC com inteligência artificial, destacando o desempenho e a partilha de ficheiros com os equipamentos iOS. O computador tem linhas curvas e apresenta.se em cinzento e branco. Tem um ecrã OLED de 14 polegadas com 3.1K de resolução, 700 nits de brilho. Tem um processador Intel Core Ultra 9, dando-lhe capacidade de gaming, mesmo para um portátil mais direcionado a um ambiente profissional. Promete uma bateria com autonomia para 12 horas.
O Honor Pad V9 é um tablet para utilização profissional ou para aprendizagem com um design ultrafino e inteligência artificial. O seu ecrã Eye Confort tem uma resolução de 2,8K. Suporta funcionalidades de IA como o AI Notes, AI Docs e o Circle to Search da Google.
Veja na galeria imagens dos auriculares Honor Earbuds Open:
Há ainda espaço para wearables, como o smartwatch Honor Watch 5 Ultra, onde se destaca a sua autonomia de 15 dias. Trata-se de um modelo desportivo e atividade física. Os auriculares Honor Earbuds Open são ergonómicos, prometendo funcionalidades de IA, tais como o suporte à tradução, interpretação em tempo real e outras funcionalidades inteligentes.
O SAPO TEK sabe que para Portugal, continuam a ser oferecidos os auriculares, que custam 149 euros, com a compra do smartphone Honor Magic7 Pro através dos principais canais parceiros da fabricante: MEO, Vodafone, NOS, FNAC e ECI. Infelizmente, nenhum dos outros equipamentos apresentados, como o tablet e portátil não vão chegar a Portugal e o smartwatch nem será lançado na Europa.
Nota da Redação: o SAPO TEK viajou a convite da Honor.
O SAPO TEK está a acompanhar o MWC25 que decorre em Barcelona de 3 a 6 de março, siga todas as novidades e anúncios mais relevantes com o nosso especial.
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