As empresas que não levam a cabo alterações processuais e operacionais na implementação de processos de outsourcing podem ver atrasado em cinco anos o potencial de retorno desse investimento, conclui um relatório recente divulgado pela Capgemini.



A autonomização de determinadas componentes do negócio acompanhada da introdução de alterações ao nível processual e operacional com recurso "à utilização de sofisticadas tecnologias, baseadas em serviços remotos" (Business Process Outsourcing) resulta geralmente "na obtenção de reduções de custos logo no primeiro ano de implementação", refere o documento que sublinha a importância de autonomização dos processos.



No documento, a consultora admite que o mercado de outsourcing para os processos de administração é ainda bastante recente na Europa, mas avança que o tema está a despertar a curiosidade do tecido empresarial.



Das empresas inquiridas, 100 por cento admitem mesmo estar a estudar o assunto. Destas, 87 por cento apontam a redução de custos como principal razão para analisar este tipo de opção, enquanto uma percentagem mais baixa (61 por cento) refere a inovação tecnológica como principal motivação. No que respeita aos factores apontados contra o BPO as empresas sublinham os receios em perder o controle sobre aquela área especifica ou deixar de ter in the house determinado tipo de competências.



Ainda assim, a CapGemini nota que a generalidade das empresas tem tido uma perspectiva evolutiva no que respeita ao BPO, que se deve sobretudo à multiplicação e evolução deste tipo de serviços. "Actualmente existem muitos fornecedores com capacidade para acelerar os processos, as tecnologias e a gestão da mudança", refere o relatório que resulta de entrevistas junto de 346 empresas.



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