A equipa de gestão da AOL Time Warner aprovou uma decisão que visa a remoção do nome "AOL" do brand da marca. A alteração terá lugar ao longo das próximas semanas e segundo o CEO da empresa, Richard Parsons, ocorre para "representar de forma mais correcta o actual portofólio e negócio da empresa", indica um comunicado à imprensa.



Recorde-se que desde a fusão das duas empresas, em 2001, a perda de valor accionista da Time Warner tem sido extremamente elevada. A crise dos negócios de Internet e do mercado publicitário, juntamente com os escândalos que envolveram a AOL, têm contribuído para a delapidação de imagem das empresas associadas também no nome.



A AOL vem acumulando resultados negativos e está mesmo a ser alvo de investigações pelo regulador federal norte-americano por alegada manipulação das contas. Os primeiros indícios da mudança de nome surgiram em Agosto, altura em que a empresa confirmou estar a estudar o assunto por sugestão de Jonathan Miller, CEO da divisão AOL e deverá avançar agora com o objectivo de libertar a Time Warner da má imagem transmitida ao mercado.



A Time Warner prtende recuperar o modelo antigo de exploração dos seus bem sucedidos negócios na área do cinema (Warner Bros), media (Time Inc) e cabo (Time Warner Cable), citando apenas as áreas de maior expressão.



Do lado da AOL, a manutenção da liderança do negócio de Internet torna-se tarefa cada vez mais difícil. A empresa continua a concentrar o grosso dos clientes nos acessos dial-up e no último trimestre anunciou ter perdido 846 mil subscritores. Um novo método de contagem do número de clientes veio revelar que o número de subscritores do serviço não estava correcto.



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