A "revolta" em Silicon Valley já levou a que várias grandes empresas abandonassem os conselhos consultivos de Donald Trump na sequência da sua reação à violência em Charlottesville. Google, Spotify, Facebook, Twitter e GoDaddy, entre outras, decidiram bloquear os seus serviços a quem fosse considerado um supremacista branco. Agora, quem se junta à força de combate das tecnológicas é a Apple.

Tim Cook mostrou-se "profundamente perturbado" com toda a situação vivida na Virgínia e, numa nota enviada aos colaboradores da Apple, o presidente executivo anunciou que a empresa vai doar, a duas ONG, um milhão de dólares, a cada uma das organizações. As duas companhias a receber o donativo de Cook são a Southern Poverty Law Center, que monitoriza a atividade de grupos de ódio e de extremistas, e à organização internacional judaica Anti-Defamation League.

Como acontece com muitos de vocês, a igualdade está no centro das minhas crenças e valores. Os acontecimentos dos últimos dias têm estado a perturbar-me profundamente, e ouvi que há muitas pessoas na Apple que estão tristes, confusas e indignadas”, escreveu na nota interna.

As reações das diversas empresas tecnológicas surgem após a marcha de extrema-direita que moveu mais de seis mil pessoas em Charlottesville e que levou à morte de uma mulher de 32 anos e a que várias outras ficassem feridas.

O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, disse publicamente que "há culpa dos dois lados" e estas declarações geraram uma grande revolta em diversos setores, levando a que sete líderes de grandes empresas abandonassem os conselhos consultivos de Trump.