A acusação é feita pela China Labor Watch, uma organização não lucrativa que analisa as condições de trabalho em fábricas na China, que ontem divulgou um relatório onde aponta várias falhas, incluindo a utilização de trabalho de menores, horas extraordinárias não pagas e alojamentos desadequados.

O relatório baseia-se em inquéritos aos trabalhadores nas fábricas onde são produzidos iPhones, componentes de iPads e computadores Mac, mas também em investigação sob disface. Os inquéritos foram realizados entre março e julho e têm sido notícia também pelo facto de terem revelado alguns pormenores que indicam a possibilidade da Apple lançar um iPhone low cost, o iPhone 5C.

O relatório recebeu o nome de “Promessas não cumpridas da Apple” e é acompanhado de um vídeo onde são demonstradas as condições de vida e de trabalho nas fábricas da Pegatron.

Entre as acusações estão também o recurso a turnos de 11 horas, e violações das condições de trabalho, como os dormitórios sobrelotados, com escasso recurso a chuveiros e água quente, e a não concessão de licenças de maternidade.

A organização lembra, em comunicado, que em maio a Apple garantiu que as empresas com quem mantinha parcerias aplicavam regras de 60 horas semanais de trabalho nas fábricas embora as leis chinesas estipulem um máximo de 49 horas por semana.

A Apple já reagiu às acusações e garante que vai investigar as alegações feitas, garantindo ações corretivas se forem identificadas violações ao código de conduta.

Esta não é a primeira vez que a Apple é acusada de violações das condições de trabalho nos seus parceiros, remontando o caso mais mediático a 2010 quando se sucederam uma série de suicídios na Foxconn.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico