O secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, António de Castro Guerra, adiantou hoje que foram apresentados na primeira fase 1529 projectos de empresas ao QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional, num valor total de 3 mil milhões de euros. António de Castro Guerra garantiu que as primeiras decisões serão tomadas em breve, com uma antecipação dos prazos em relação ao que estava definido, reduzindo em 21 dias a comunicação da aprovação das candidaturas.

Segundo o secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, "na próxima segunda feira faremos prova" desta redução de prazos.

"A entrega de projectos ao QREN foi significativa, desmentindo os 'Velhos do Restelo' que diziam que ninguém ia aderir porque os prazos eram muito curtos", afirmou António de Castro Guerra na sessão de abertura do Innovation Marketplace, um evento que hoje decorre no Centro de Congressos de Lisboa, na Junqueira.

Ainda referindo-se a números, o secretário de Esatdo adiantou que foram entregues 150 projectos de I&D e reforçou a ideia de que o QREN é um instrumento para a Inovação e Competitividade das empresas, embora não seja a solução.

Ainda este trimestre vão ser apresentados novos instrumentos complementares para a inovação, entre os quais se destacam o "Vale de I&DT" e "Vale de Inovação", que pretendem melhorar a ligação entre as PME e as instituições científicas e tecnológicas. Está já em curso uma fase de qualificação destas instituições que têm capacidade e disponibilidade para prestar serviços às PME, um processo que teve início a 15 de Fevereiro e que terminará em meados de Março.

Já numa segunda fase - que terá início em Maio - as PMEs podem candidatar-se, num concurso que o secretário de Estado garantiu que é "simples, com pouca papelada" a estes vales, pagando 1/4 do valor do serviço solicitado às instituições, sendo o restante suportado pelo QREN que paga directamente às instituições científicas ou tecnológicas previamente qualificadas.

Durante a abertura oficial do Innovation Marketplace, Jorge Rocha de Matos, presidente da AIP-CE, que co-organiza o evento, sublinhou que para além dos estímulos que os sistemas de incentivos possam providenciar "é necessário ir mais longe". "Sobretudo é fundamental uma articulação adequada de 'boas' políticas públicas e de estratégias empresariais alicerçadas no conhecimento intensivo", acrescenta.

Fátima Caçador

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