Esta redução ainda não ocorreu, tendo a importância do euro a nível internacional sido estável no ano passado, quando o BCE começou a reduzir as taxas de juro e apesar da invasão da Ucrânia pela Rússia, segundo o relatório anual sobre a relevância da moeda única.

No ano passado, o euro manteve-se como a segunda moeda mais importante do mundo, atrás do dólar.

Em 2024, a quota nas reservas oficiais de moeda estrangeira permaneceu estável nos 20% a taxas de câmbio constante, o que significa que pouco mudou desde o início da guerra da Rússia na Ucrânia.

Ainda assim, regista a agência noticiosa Efe, a quota do dólar nas reservas de moeda estrangeira recuou dois pontos percentuais, para 57,8%, a taxas de câmbio constantes.

Nos últimos 10 anos a quota do euro manteve-se sempre perto dos 20%, enquanto a do dólar recuou cerca de 11 pontos percentuais, face aos 69% de 2014. Já as outras divisas aumentaram a sua quota para quase o dobro em 10 anos, para 22%, contra 12% em 2014.

O BCE destacou que a atratividade do euro é apoiada por políticas sólidas na zona do euro e em instituições fortes baseadas em leis.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, apontou em comunicado que "defender o Estado de direito é essencial para manter e aumentar a confiança global no euro".

Banco Central Europeu lança plataforma para testar pagamentos com euro digital
Banco Central Europeu lança plataforma para testar pagamentos com euro digital
Ver artigo

Apesar de não haver indicadores que estabeleçam uma ameaça das criptomoedas ao uso internacional do euro, a instituição europeia sublinhou a importância de integrar os mercados financeiros na UE.

"Eliminar barreiras dentro da UE é essencial para melhorar a profundidade e a liquidez dos mercados de financiamento do euro, que é um pré-requisito para um uso mais alargado do euro", regista o BCE.