O número de conexões IoT sem fios no setor do retalho atingiu os 147,9 milhões em todo o mundo, em 2023. Os dados são de um novo relatório da Berg Insight, que prevê que este número de ligações cresça a um ritmo composto (CAGR) de 10%, nos próximos cinco anos, atingindo as 217,7 milhões de ligações em 2028.
Por seu lado, as vendas de equipamentos IoT com ligação móvel para aplicações de retalho vão aumentar a uma CAGR de 6,2% de 57,9 milhões de unidades em 2023 para 78,2 milhões em 2028.
A tecnologia IoT com ligação móvel permite utilizar equipamentos, como terminais POS, ATM, sinalética digital ou máquinas de vendas de bilhetes, onde a conetividade por rede fixa não está disponível ou é impraticável.
A consultora lembra que é uma tecnologia que tem um efeito transformacional em mercados como as máquinas de venda automática ou de parquímetros, em que é necessário reorganizar as operações para beneficiar de informações em tempo real, explicam os analistas.
O maior segmento deste mercado são os terminais POS, representando 93% de todas as conexões IoT sem fios no setor do retalho, no final de 2023. “O segmento de parquímetros para vários lugares foi um dos primeiros a adotar a conetividade IoT sem fios, tendo já atingido uma penetração de conetividade de 70%”, afirmou Felix Linderum, analista IoT da Berg Insight.
O maior crescimento se deverá sentir noutros segmentos emergentes. A Berg Insight espera que o segmento de máquinas de venda automática represente uma oportunidade para a conetividade sem fios a longo prazo. Atualmente, apenas 6,5 milhões das 14,8 milhões de máquinas de venda automática do mundo estão online.
“Os custos dos equipamentos e dos serviços de comunicações baixaram significativamente e as soluções tornaram-se mais sofisticadas e fáceis de implementar. No entanto, a mudança organizacional necessária para obter o máximo de benefícios da telemetria nas máquinas de vendas automáticas é provavelmente a maior barreira para uma adoção generalizada”, continuou o Felix Linderum.
Na sinalética digital, espera-se que as comunicações móveis continuem a ser uma opção de conetividade de nicho, principalmente devido aos custos mais elevados associados à tecnologia, explicam os analistas em comunicado. “No entanto, um número crescente de leitores multimédia vem equipado com ranhuras SIM e é provável que tecnologias celulares como a 5G se tornem mais relevantes para satisfazer a procura de dados de banda larga exigidos por aplicações como 3D, IA e analítica”, concluiu Felix Linderum.
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