Blockchain: Duas startups portuguesas estão entre as 10 finalistas do programa europeu BlockStart

A Knowtary e a Sensefinity amealharam 15 mil euros cada, com o objetivo de produzir os protótipos dos seus produtos em quatro meses, a tempo da terceira e última fase do programa.

As moedas digitais, como a Bitcoin, são uma das partes mais visíveis mas a tecnologia de encriptação que está por trás tem muito mais aplicações, ajudando a criar um sistema seguro, e rastreável, que pode ser usad em muitas aplicações diferentes, desde eleições até à identificação da origem de produtos

Depois da primeira fase, já são conhecidas as 10 finalistas do consórcio europeu BlockStart liderado pela Bright Pixel. Entre as eleitas estão duas startups portuguesas a desenvolverem protótipos de blockchain no âmbito do programa europeu: a Knowtary e Sensefinity.

Cada uma conta agora com um apoio de 15 mil euros para produzirem os protótipos dos seus produtos durante os próximos quatro meses.

A Knowtary tem como objetivo criar identidades digitais e registos de bens ou de propriedades, e integrá-los em empresas e serviços de notariado. Desta forma, pretende que todas as transações sejam seguras, rastreáveis, indiscutíveis e confiáveis.

Já a Sensefinity rastreia, através de sensores e rastreadores, bens refrigerados, como medicamentos e vacinas, carne, peixe e lacticínios. A startup regista as informações na blockchain, que atua como fonte fidedigna e como um centro de informações para os interessados, que, neste caso, são os produtores, os distribuidores e os consumidores.

Na terceira e última fase do concurso, que se vai realizar entre abril e junho, passam apenas cinco das dez startups selecionadas. As vencedoras vão ter a oportunidade de implementar as suas soluções na atividade de 20 empresas potencialmente clientes, estabelecendo pilotos que pretendem validar a capacidade de mercado e perspetivar futuras colaborações.

O projeto tem cerca de 800 mil euros para apoiar 60 startups e 60 pequenas e médias empresas (PME), além de potenciar boas práticas de utilização desta tecnologia, através de workshops, conferências e relatórios, junto da Comissão Europeia e demais intervenientes no ecossistema de inovação europeu, como associações, clusters, incubadoras, entre outros.

O consórcio Blockstart nasceu em 2018 com a missão de ajudar as PME a conhecerem o potencial da tecnologia de blockchain, de forma a implementarem soluções inovadoras desenvolvidas por programadores e startups. Para além da Bright Pixel, também a F6S e a consultora CIVITTA fazem parte desta iniciativa.