Brasilcel quer lançar OPA sobre quatro subsidiárias no Brasil

25 ago 2004 10:27

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A empresa que a Portugal Telecom e a Telefónica Móviles criaram em parceria para o mercado móvel brasileiro pretende lançar ofertas públicas de aquisição sobre parte das acções de quatro subsidiárias no Brasil durante a primeira semana de Setembro.

A Brasilcel, joint-venture controlada pela Portugal Telecom e pela Telefónica Móviles a operar sob a marca Vivo no Brasil, anunciou que irá lançar ofertas públicas de aquisição sobre quatro subsidiárias, através da Telesp Celular Participações.

O processo começa na primeira semana de Setembro e decorrerá por um período de "pelo menos 30 dias" após a publicação de toda a documentação formal. A conclusão das ofertas está prevista para meados de Outubro, segundo o anunciado hoje pela operadora de telecomunicações portuguesa junto da CMVM.

De acordo com a informação veiculada ao mercado, a Brasilcel tenciona lançar ofertas públicas de aquisição em dinheiro sobre a "Tele Sudeste Celular Participações (TSD) até 7,332 milhões de acções ordinárias e 12,7 milhões de acções preferenciais; a Tele Leste Celular participações até o máximo de 16,723 milhões de acções ordinárias e 92,499 milhões de acções preferenciais; e sobre a Celular CRT Participações até ao máximo de 61 milhões de acções ordinárias e 442 milhões de acções preferenciais".

As ofertas sobre a Tele Sudeste Celular Participações, a Tele Leste Celular Participações, a Celular CRT Participações e a Tele Centro Oeste Celular Participações correspondem a um prémio de 20 por cento sobre o preço médio das acções do último mês.

No comunicado enviado à CMVM, informa-se igualmente que a Telesp Celular Participações (TCP), vai lançar em simultâneo uma oferta pública voluntária de aquisição em dinheiro sobre o montante máximo de 84,253 milhões de acções preferenciais da Tele Centro Oeste Celular Participações (TCO).

O número de acções em causa nas OPA agora conhecidas foi determinado de forma a permitir o aumento da participação da Brasilcel e da TCP nas suas subsidiárias, sem suprimir a liquidez das referidas acções por classe de acção, indica a Portugal Telecom.

A operadora portuguesa e Telefónica Móviles pretendem financiar, em partes iguais, a Brasilcel para a execução destas ofertas. A TCP, por sua vez, tenciona financiar a sua oferta com dívida e "irá avaliar a necessidade de um eventual aumento de capital, caso considere recomendável reduzir o seu nível de endividamento", refere-se no comunicado.