A Cabovisão anunciou ontem resultados do primeiro semestre e objectivos para os últimos três meses do ano. Até Junho, a empresa tinha já 774 mil casas passadas, detendo licenças para cobrir 90 por cento da população nacional. Neste período, a empresa atingiu 224 mil clientes de televisão por cabo, 56,6 mil clientes de pay Tv, 71 mil clientes em Internet de banda larga e 164 mil clientes de telefonia fixa.
Segundo a empresa 76 por cento dos clientes aderiram a pelo menos dois serviços, enquanto 24 por cento subscrevem os três serviços. A procura de mais serviços contribuiu para o incremento da receita média mensal por cliente que se fixou nos 36,92 euros, isto no mercado residencial. No mercado empresarial, este indicador atingiu os 59,38 euros.
No período em análise, os resultados operacionais da Cabovisão melhoraram 11,8 por cento para os 51,4 milhões de euros. O EDITDA atingido no primeiro semestre atingiu os 12 milhões de euros, contra 1,7 milhões no semestre anterior.
A empresa anunciou ainda o lançamento de um novo serviço de voz sobre IP que deverá contribuir para melhorar resultados e aumentar o número de clientes no último trimestre do ano.
Ahmad Fadami, presidente da empresa afirmou aos jornalistas que "a Cabovisão chegou hoje a um nível onde se sente confortável para se assumir como segundo player do mercado português". Referindo-se às dificuldades financeiras da casa-mãe, Fadami sublinhou a determinação da equipa nacional, embora não tenha avançado pormenores sobre os próximos passos no processo de recapitalização da companhia. Este responsável escusou-se a comentar a entrada de eventuais parceiros no capital da empresa.
Recorde-se que a empresa-mãe da Cabovisão, a canadiana Cable Satisfaction International atravessa uma complicada situação financeira que a tem levado a sucessivos incumprimentos no pagamento das notas de créditos bancários.
A empresa de capitais públicos acabou por se ver obrigada a pedir a protecção de credores e apresentar um plano de reestruturação. Ao primeiro plano de reestruturação seguiu-se um segundo, apresentado no passado dia 15 de Setembro. Uma nova extensão da linha de crédito concedida pela banca foi também negociada, até meados de Outubro.
A proposta apresentada aos credores partiu da capital de risco canadiana Capital Communications (CDP). Esta visa a recapitalização e reestruturação da empresa, através da injecção de 45 milhões de euros, dos quais 27 milhões serão injectados por esta empresa e o restante por co-investidores.
No âmbito deste acordo, a CDP compromete-se a "angariar uma linha de crédito de dívida sénior de 12 milhões de euros a aplicar na Cabovisão", avança um comunicado. Deste valor, metade será financiado pela CDP e o restante pelos bancos, assegurando a manutenção da operação nacional, até estar concluída a recapitalização.
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