Especialista no fornecimento de redes de fibra ótica e serviços de comunicação de alta velocidade para o sector empresarial, a Colt está a concluir projetos de transformação digital e em expansão da sua rede mundial, tendo investido a nível global mil milhões de euros, desde 2017. Presente em Portugal desde 2001, a empresa também revelou um crescimento acentuado, assegurando 2,5 milhões de euros para investir na sua infraestrutura durante o mesmo período, com o objetivo de otimizar a rede para suportar as novas tecnologias 5G e respetivas comunicações. Segundo Carlos Jesus, Country Manager Portugal, o investimento no país dota a sua rede com capacidade para os próximos 10 anos.
E esse investimento teve repercussões praticamente imediatas, levando a empresa a crescer em Portugal 15% desde 2017, (5% em 2018 e 10% em 2019), ainda que não seja a sua política revelar valores concretos. A empresa já possui 830 quilómetros de fibra ótica a ligar 12 data centers e 777 edifícios de empresas importantes, nas cidades de Lisboa, Oeiras e Porto, assim como cidades circulares nas redes metropolitanas, nomeadamente Vila Nova de Gaia, Maia e Sintra. “Onde há negócio, a Colt chega com fibra”, destaca Carlos Jesus.
Em termos comparativos, a nível mundial, a empresa tem 27 mil edifícios ligados a usar a sua rede de fibra. E a rede ibérica, que liga Portugal à sua rede internacional tem 1.700 km de fibra, tornando-a apetecível para empresas localizadas nos continentes africano e americano que desejem transportar os seus conteúdos para novos mercados. Segundo explicou o líder da representação portuguesa, a velocidade e qualidade da rede terrestre convencem os clientes a optar pela mesma, em detrimento dos cabos marítimos que são mais baratos. Ou seja, uma empresa em África utiliza a via marítima até chegar a Portugal, preferindo penetrar pela Península Ibérica até à Europa, invés de continuar pelo mar. A fiabilidade e redundância da rede terrestre e o tempo que demora eventuais reparações no cabo do mar, capaz de congelar a rede por semanas, são também fatores de decisão.
Isso não significa que a empresa não invista no “mar”. Os cabos submarinos são estratégicos para a empresa fazer a ponte para outros continentes, tendo mesmo revelado que durante 2020, irá reforçar e expandir esta ligação de forma a ligar Europa a África e Brasil via Portugal.
Em Portugal a empresa já conta com mais de 80 colaboradores, suportando seis línguas (incluindo espanhol, alemão, francês, italiano e inglês) e continua aberta à contratação de especialistas para as suas necessidades. “Por vezes reparamos que estão a ser contratados, diretamente pela casa-mãe, funcionários para áreas que não operamos e ficamos intrigados, mas depois descobrimos que Portugal já é tão apetecível que estão a ser alocados novos serviços para cá”, salienta Carlos Jesus.
Apesar de não ser uma empresa que preste serviços ao cliente final, é referido que graças às suas parcerias com as sete principais fornecedoras de cloud, quem necessita dos respetivos serviços tem de passar pela Colt. Exemplo disso é o fornecimento do serviço SD-Wan, que possibilita aos seus clientes utilizarem simultaneamente diferentes clouds, como a Azure e a AWS na sua plataforma, mantendo a comunicação entre ambas.
Outro serviço que destaca é o acesso aos seus clientes configurarem internacionalmente, e com todos os recursos, uma rede cloud de forma "seamless", sem qualquer intervenção técnica da Colt, basicamente “chave na mão”. A capacidade internacional para clientes da sua rede é de 53 x100 Gbps. E Carlos Jesus acrescenta que durante o último ano a Colt Portugal tem recebido mais responsabilidades, incluindo serviços na arquitetura SDN/NFV, entre outros “field services” sobretudo para a Alemanha e França, a partir de Portugal. E com isso os respetivos recursos humanos para a sucursal portuguesa.
Carlos Jesus refere que para 2020 a Colt vai continuar a sua estratégia de crescimento, continuar a investir para reforçar e expandir tanto nos centros urbanos como nos cabos submarinos. E como consequência aumentar a equipa. Previsões de crescimento? “Manter os dois dígitos” está na ambição da Colt Portugal.
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