
A confirmação foi feita hoje por Alexandre Fonseca, CTO da PT e Responsável Executivo da Altice Labs Portugal, questionado pelo TeK na conferência de apresentação oficial do novo centro de inovação da Altice que usa a PT Inovação como “centro nevrálgico”.
"A escolha da PT Inovação não é fruto do acaso", explica Alexandre Fonseca, adiantando que em Aveiro e nos laboratórios que foram sendo construídos havia os requisitos para o centro de excelência que a Altice queria, com recursos humanos, capacidade sistematizada de inovação e a capacidade técnica.
“A PT Inovação já tinha um centro montado e o saber fazer”, explica Alexandre Fonseca, admitindo que este era o centro mais antigo e mais estruturado de desenvolvimento de inovação de entre as várias empresas que compõem a Altice.
Na apresentação do centro também Patrick Drahi destacou a "boa surpresa" que foi a descoberta do centro de inovação da PT no âmbito da aquisição. "Portugal tem uma cultura de inovação excecional e a Portugal Telecom é um exemplo para o mundo. E é por isso que, naturalmente, nós construiremos a Altice Labs a partir de Portugal", afirmou.
Embora as operações em França, República Dominicana, Israel e Estados Unidos assumam também um papel no novo Altice Labs, as áreas de inovação nestas operadoras não tinham uma existência independente do negócio e estão mais focadas no desenvolvimento de software, enquanto Aveiro é a única unidade que tem também desenvolvimento de hardware, focado na rede fixa e na fibra ótica.
Desde 2012, com o crescimento do grupo Altice, foi amadurecendo a ideia de que a inovação era uma peça fundamental para o crescimento da empresa, mas a concretização da compra da PT permitiu estruturar a ideia de uma unidade centralizada. “Percebemos que tinha pessoas altamente qualificadas, projetos a funcionar e capital intelectual a um custo interessante, assim como instalações e investimento em laboratórios”, adianta Alexandre Fonseca.
O executivo admite que esta nova unidade do Grupo Altice será geradora de riqueza e defende a importância estratégica de ter dentro do grupo um manancial de produção de tecnologia de ponta, com soluções “construídas à medida”, algo que não se consegue encontrar na oferta de fabricantes, mais “normalizada”.
“A Altice Labs entrega valor às operadoras do grupo e reduz o time to market”, garante Alexandre Fonseca. Mesmo que não seja um retorno direto do negócio contribui para o seu desenvolvimento. E vai continuar a vender soluções fora dos operadores do grupo, e a trabalhar com parceiros internacionais.
A Cisco era já um parceiro da PT Inovação que deverá manter a sua aposta, mas Alexandre Fonseca admite que nos próximos meses poderá ser anunciada outra parceria. “Queremos trabalhar com os fabricantes e não contra eles”, justifica.
Fátima Caçador, em Aveiro
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