Empresas europeias querem aumentar investimento em I&D em 5% ao ano até 2009

23 ago 2006 15:02

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Se bem que o último Innovation Scoreboard apura um aumento anual privado dos investimentos em I&D inferior a 1%, cerca de 400 empresas europeias revelam num inquérito da CE que pretendem fazer crescer os seus esforços nesta área em 5% ano até 2009.

O investimento europeu em I&D deverá crescer a ritmo de cinco por cento ao ano nos próximos três anos, revela um estudo encomendado pela Comissão Europeia e realizado junto de 400 empresas de 10 sectores de actividade, a operar na Europa. O número contrasta de forma significativa com os dados apurados no último Innovation Scoreboard 2005 onde a I&D nas empresas estava a crescer a um ritmo de 0,7 por cento ao ano.

A confirmarem-se as intenções de investimentos demostradas pelas inquiridas a Europa terá pela primeira vez a oportunidade de se colocar ao lado dos Estados Unidos, em termos de investimento privado na investigação.

O estudo mostra ainda que as empresas preferem concentrar os seus investimentos em I&D no seu próprio país e que os países que mais atraem este tipo de actividade são o Reino Unido, a Alemanha e França. Fora da Europa lideram os Estados Unidos seguidos pela China e pela Índia.

O acesso aos mercados e a disponibilidade de investigadores experientes são os factores que mais contribuem para a decisão de investimento em determinada localização.

Curiosamente, o custo dos investigadores tem pouca relevância na decisão das empresas em termos de localização dos seus centros de I&D.

O outsourcing tem já um peso relevante nas actividades de I&D europeias sendo um recurso usado por 18 por cento das empresas. As companhias na área da farmacêutica e biotecnologia são quem mais recorre aos serviços externos, numa percentagem de 25 por cento. As empresas TI de hardware são o grupo que menos usa este recurso. Apenas 5 por cento das organizações o faz.

Janez Potocnik, comissário europeu para a ciência e investigação mostra-se satisfeito com os resultados do inquérito e considera que para as empresas porem em prática as suas decisões basta que as autoridades europeias continuem a trabalhar no sentido de tornar esta região do globo cada vez mais atractiva para o investimento.

Juntas as empresas que responderam ao inquérito da CE, realizado no segundo semestre do ano passado, investem cerca de 30 mil milhões de euros em I&D.