A consultora Impacting Digital desenvolveu um estudo sobre a Transformação Digital em mais de 500 empresas portuguesas de 11 sectores e os resultados mostraram que as organizações da área da Tecnologia são as mais preparadas para uma transformação digital.

O estudo indica que quase 50% dos inquiridos garantem que há um claro compromisso dos administradores e CEO em desenvolver uma estratégia de transformação digital, sendo o sector tecnológico o melhor classificado neste aspeto, com uma pontuação final de 4,55 pontos em cinco de valor máximo.

Também será a estes responsáveis que cabe impulsionar a cultura digital nas empresas e sobre os quais recai o poder de decisão sobre esta matéria, de acordo com 80% dos inquiridos.

Contudo, a pesquisa mostra que mais de 40% (42,9%) dos empresários de todos os setores não entende que a visão digital seja totalmente partilhada por todos os colaboradores.

A experiência do utilizador também é uma preocupação que está no mindset das empresas nacionais com 60% dos inquiridos a selecionar as respostas mais positivas relativamente a um cuidado particular com a otimização do website das suas empresas nas várias plataformas de visualização. E também aqui é o segmento da tecnologia que tem a melhor pontuação (4,33 pontos).

Em relação à estratégia digital e à forma de encarar novas ferramentas como as redes sociais, mais de metade das empresas (60%) considera-as uma parte integrante e ativa do seu negócio, embora já não pensem o mesmo das criptomoedas que ainda são olhadas com desconfiança, com mais de dois terços dos inquiridos a rejeitar a sua utilização.

O estudo destaca ainda que, embora nas novas empresas e startups haja uma digitalização quase inata do negócio, são as empresas com maior volume de faturação que mais apostam na digitalização. Isto leva a apontar que a Transformação Digital depende mais do investimento financeiro do que da cultura digital incutida nas empresas.

Dos 11 sectores inquiridos, também a educação, saúde e farmácia e o sector público se apresentam como os mais bem preparados para uma transformação digital. No lado oposto da balança, encontram os segmentos da distribuição e da construção.

No geral, os resultados demonstram que as organizações nacionais estão a orientar-se cada vez mais para uma cultura de desenvolvimento das ferramentas tecnológicas e que, em muitos casos, já se verifica a implementação efetiva.