No início de 2008 o Governo espanhol planeia ter concluído o projecto de migração do actual Documento Nacional de Identificação (DNI) para um novo cartão digital, que replica os dados do cidadão num chip inserido no verso e permite a assinatura digital.



Para operacionalizar o projecto e analisar o trabalho já realizado nessa área, teve lugar a primeira reunião da comissão responsável pela introdução do DNI digital, um encontro presidido pela vice-presidente Maria Teresa de La Veja para estabelecer uma previsão geral de custos e formas de financiamento e definir tarefas da comissão, que terá a seu cargo campanhas de divulgação, assistência técnica ao cidadão e determinação dos primeiros serviços aptos para o uso do documento.



De acordo com o El Mundo, que cita os resultados deste primeiro encontro, os planos do governo apontam para que no primeiro semestre do próximo ano avance o piloto do projecto, seguido de uma introdução gradual dos novos cartões com informação digital. A operacionalização da iniciativa está prevista para finais de 2007 ou início do ano seguinte. De sublinhar que o arranque do projecto avança já com um ano de atraso, face à primeira data estabelecida.



O DNI deverá ter um custo de 100 milhões de euros, que se irão repartir por quatro anos. O cartão propriamente dito será semelhante ao actual cartão de identificação em termos de dimensão e aspecto, o material usado será policarbonato, com uma tinta opticamente variável, selo de segurança e relevos em plástico. No que respeita à segurança a foto do cartão de identificação conta com mecanismos de protecção e os dados são inseridos com laser e tinta de luz violeta.



O cartão digital tem ainda um certificado electrónico para autentificar os dados do cidadão, assim como um outro certificado que permitirá assinar electronicamente e as chaves para utilização desse serviço.



O governo português tem também planos para a introdução de um cartão digital que reuniria vários dados do cidadão, não se limitando apenas a dados de identificação. A ideia foi apresentada pelo anterior governo socialista, abandonada pelo governo PSD e volta a integrar o programa de Governo do PS.



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