O alarme foi dado num relatório da casa de investimento Gotham City Research que considerou a empresa uma farsa e avaliou as suas ações em 0,0 euros. Na mesma avaliação concluía-se que os resultados financeiros do último exercício seriam, no máximo, 10% do reportado.



A administração da empresa ainda negou as informações do relatório mas o CEO, Jenaro García Martin, acabou por mudar de estratégia e confessar culpas numa mensagem de Twitter e perante as autoridades. O responsável admitiu que as contas reportadas foram manipuladas, pelo menos, durante os últimos quatro anos. Na mensagem o CEO também garante que está já a colaborar com as autoridades e que está pronto a sofrer as consequências dos seus atos.



Entretanto, a empresa pediu proteção de credores. Sabe-se que as dívidas a fornecedores atingiam no final do ano passado cerca de 25 milhões de euros, de acordo com a informação oficial que, agora se percebe, pode não ser a mais correta.



A imprensa espanhola também revela que na lista de credores da Gowex há uma teia de outras empresas ligadas à tecnológica, que são detidas ou controladas por membros da direção.



A Gowex chegou à bolsa em 2010. Reforçou a presença no mercado de capitais em 2012 com um aumento de capital ficando com quase 50% das ações dispersas nos índices de Madrid (no mercado alternativo MAB) e no Nasdaq. Um dos bancos que fez assessoria à operação foi o BES, de acordo com o El Mundo.



Embora as autoridades espanholas garantam agora que já estavam a investigar a empresa, até à data não tinha soado qualquer sinal de alarme em relação às contas da empresa. O escândalo já provocou entretanto a saída de outras duas empresas do MAB.



Como qualquer cotada a Gowex tinha de cumprir várias obrigações de reporte, nomeadamente, apresentar contas auditadas por entidades externas.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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