Depois da Microsoft ter afirmado que iria necessitar de um período indeterminado para preparar uma resposta às exigências dos nove estados que acusam a empresa de práticas anti concorrenciais, estes decidiram cancelar a demonstração preparada para mostrar a praticabilidade de uma nova versão do sistema operativo Windows com características removíveis.



A morosidade do caso está também a incomodar a juíza distrital responsável pelo processo, Colleen Kollar-Kotelly, que tinha expressado algum incómodo perante a quantidade de documentos de suporte apresentados pelos estados.



Neste momento os estados argumentam que uma versão modular do Windows tornaria mais fácil para outras empresas competir com a Microsoft. Todavia, e segundo informações publicadas pelo jornal The New York Times, a demonstração era desnecessária porque as próprias testemunhas da empresa nunca reiteraram a ideia de que era impossível fazer uma versão desta natureza.



De referir que a juíza Kollar-Kotelly tinha demonstrado no início desta semana interesse em visualizar uma versão do Windows desenvolvida pelo especialista em teste de computadores James Bach.



Para a Microsoft quem está por de trás deste processo judicial, que conta já com quatro anos, são as suas principais concorrentes Sun Microsystems e America Online. Uma tese suportada numa primeira instância por uma testemunha da Microsoft que referiu que as exigências dos estados teriam sido elaboradas precisamente pelas suas rivais. Esta testemunha, o Prof. Kenneth G. Elzinga da University of Virginia, retratou porém as suas afirmações salientando que muitas das exigências teriam sido propostas pelo primeiro juiz encarregue do caso, Thomas Penfield Jackson.



Recorde-se que este magistrado foi responsável pela emissão de uma ordem judicial em 2000 para que a Microsoft fosse dividida em duas, parte desse documento definia uma série de restrições interinas que deveriam estar em efeito até que a empresa fosse separada.



Em Junho passado um tribunal federal de apelo revogou esta decisão e Colleen Kollar-Kotelly foi a juíza designada para decidir quais as sanções a aplicar ao gigante do software.



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