De acordo com a revista Blender as editoras discográfica encabeçam a lista dos vinte maiores fracassos da indústria musical de todos os tempos, destronando Dick Rowe, o caça-talentos que rejeitou os Beatles em 1962 depois de uma audição da banda e que, por isso, liderou a tabela durante anos.



Em causa está o facto de as editoras impedirem que as suas músicas deixem de estar disponíveis de forma gratuita online, uma tentativa em vão, tendo em conta que actualmente mil milhões de músicas são partilhadas em redes P2P.



No entender da revista, esta opção acaba por ser uma medida pouco inteligente por impedir que a indústria tire total proveito das capacidades da ciberesfera. Como exemplo, relembra o ano de 2001, altura em que grandes companhias discográficas decidiram opor-se ao serviço Napster ao invés de tentarem angariar receitas com as dezenas de milhões de utilizadores que acediam à plataforma.



Com esta opção, os internautas acabaram por migrar para serviços de partilha que entretanto surgiram, optaram por outros ilegais e conduziram a indústria para um caminho de prejuízos que se mantém até hoje.



Ao ser "encontrado" um novo líder da tabela, Dick Rowe passou para o segundo posto da tabela, enquanto o fundador da Motown, Berry Gordy, ficou no terceiro lugar, porque vendeu a editora das Supremes e de Marvin Gaye, que na altura registava prejuízos, por cerca de 60 milhões de dólares, em 1988. Passado um ano, a A&M Records era vendida por cerca de 500 milhões de dólares.



Na mesma lista, a companhia discográfica Geffen Records aparece em duas posições por dois fracassos distintos. O primeiro, em 11º lugar, foi ter processado Neil Young por acreditar que a música do artista era pouco comercial, e em 12º por investir 13 milhões de dólares num álbum dos Guns'n'Roses que, depois de mais de dez anos, ainda não saiu.



Quem aprece também no ranking é a Columbia Records, em 10º lugar, por ter dispensado Alicia Keys e 50 Cent antes que estes fizessem sucesso, e a Warner Bros Records, por um contracto de 80 milhões de dólares com os R.E.M., em 1996, que resultou em prejuízos.



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