
Foi esta tarde divulgado um estudo que analisa e projecta oportunidades para as indústrias portuguesas das Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica (TICE). O documento faz um diagnóstico do sector e compara dados nacionais e internacionais, alinhando 19 recomendações estratégicas.
Aumentar os incentivos fiscais para as empresas que investem em inovação ou internacionalização é uma das sugestões dos autores do estudo. Na mesma linha, o documento defende um reforço dos instrumentos de apoio à I&D e à inovação, como a duplicação do peso dos Vales I&DT e Inovação nos sistemas de incentivos empresariais, por exemplo. Também preconiza um maior esforço de acompanhamento dos projectos apoiados, propondo que o valor final dos incentivos financeiros e fiscais concedidos ao sector seja condicionado à concretização das metas previamente propostas.
Noutros domínios, como a educação/formação ou os movimentos associativos, o estudo também faz sugestões. Relativamente à educação defende um "alargamento dos numerus clausus nas áreas TICE, devidamente articulado com um ajustamento mais efectivo entre a oferta formativa e as necessidades
previamente inventariadas das empresas", pode ler-se no sumário executivo que resume o trabalho. Na área específica da formação frisa-se a importância de formar ou reconverter recursos humanos com um nível de habilitações intermédio para o sector TICE.
Os autores do estudo, da responsabilidade da Augusto Mateus e Associados e do Pólo de Competitividade das Tecnologias de Informação Comunicação e Electrónica (Tice.pt), também defendem que seria vantajoso para o país que existisse uma aproximação forte ou mesmo uma fusão, entre estruturas associativas do sector TICE nacional até 2015.
Dados do sector
O estudo sublinha que desde 1996 o valor do comércio internacional das TICE aumentou cerca de 160%, representando em anos recentes cerca de 15% do total do comércio de mercadorias.
Na economia portuguesa a sua expressividade ainda é "moderada", em termos directos. Em 2008 representava 6 por cento das exportações, 2 por cento do emprego e 8 por cento do investimento. Contudo, afirma-se como um dos sectores mais relevantes em termos de I&D empresarial, com uma quota de 24 por cento.
Os dados apurados pelo estudo mostram ainda que por segmentos, é o dos equipamentos que mais contribui para as exportações no sector (98 por cento). O software e serviços TI é o mais relevante em termos do número de empresas (93 por cento) e um dos mais importantes em termos de emprego (60 por cento).
Os maiores volumes de investimento, criação de valor e geração de volume de negócios continuam, no entanto, a ser assegurados pelas empresas de telecomunicações. Estas asseguram 79 por cento do investimento do sector, 62 por cento do valor acrescentado e 54 por cento do volume de negócios.
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