As cinco primeiras posições da edição 2004 do estudo anual "E-readiness Rankings", publicado pela IBM, são ocupadas por países europeus, com clara preponderância para os países escandinavos e Reino Unido, só depois seguidos pelos Estados Unidos. Os dados reunidos são reveladores, segundo a empresa, de que o Velho Continente está a ultrapassar os EUA no que diz respeito à economia digital.



Na realidade, os países europeus marcam presença em sete dos primeiros 10 lugares deste rankingconduzido para a IBM pela unidade de estudos do grupo The Economist, pretendendo avaliar os ambientes de e-business de diferentes países. Portugal surge naquilo que a gigante da informática denomina de "grupo da frente", ocupando a 24ª posição.



A tabela é liderada, pelo 5º ano consecutivo desde que se realiza o ranking, pela região da Escandinávia, com a Dinamarca a posicionar-se em primeiro lugar nesta edição, a Suécia em terceiro, a Noruega em quarto e a Finlândia em quinto. O Reino Unido surge em segundo lugar. "O que distancia a Escandinávia é o alcance com que a Internet redefiniu as transacções empresariais, a adesão com que os cidadãos incorporaram a tecnologia da Internet nas suas rotinas diárias, e a abrangência com que os governos escandinavos conduziram o desenvolvimento", refere a IBM em comunicado comentando os resultados.



Ocupando o 7º lugar, Singapura foi o país que maior avanço registou no ranking deste ano, subindo cinco posições face ao ano anterior. Tal como os seus vizinhos asiáticos Hong Kong (9º) e Coreia do Sul (14º), Singapura é o líder mundial no desenvolvimento de banda larga ao mesmo tempo que beneficia de uma "forte cooperação" existente entre governo e indústria.



Na edição 2004 do ranking a metodologia de pontuação foi alterada de maneira a incluir a penetração da banda larga, substituindo um indicador em taxa de linhas fixas alugadas, um factor que teve um efeito amortecedor na pontuação geral para a maioria dos países, já que a adopção da tecnologia ainda é muito reduzida. À excepção de Espanha e de Israel - respectivamente na 21ª e 22ª posições - que se conseguiram evidenciar por outros critérios como o investimento em TI, a pontuação para os 25 primeiros países resvalou, em grande parte devido a esta alteração na metodologia, salienta-se no estudo.



O ranking é igualmente revelador de que a coordenação entre governos, indústria e serviços TIC, com os governos locais e com os de outros países, operando com vista a objectivos comuns, é a via mais rápida e mais barata para o e-readiness. "A União Europeia é um exemplo do que a coordenação pode alcançar", considera a unidade de estudos do The Economist que salienta igualmente a prática comum de observar e replicar melhores práticas dos Estados vizinhos entre os países asiáticos.



Os mais recentes membros da UE possuem já infra-estruturas e ambientes de negócio electrónico bastante razoáveis. Na Estónia, a melhor classificada entre o grupo (26 º lugar), a maioria dos utilizadores de Internet são subscritores de banda larga e todas as escolas públicas tem acesso a esta infra-estrutura.



Perante os dados reunidos, a IBM considera que as perspectivas globais para o sector das Tecnologias de Informação e de Comunicação (TIC) se mostram mais animadoras do que nos últimos tempos. "As empresas estão a tirar partido dos serviços assentes na Internet, a utilização da telefonia móvel está a colher frutos em economias desenvolvidas e em desenvolvimento e a banda larga está a arrancar", refere.



Apesar da proliferação de tecnologias mais baratas e mais fiáveis, considera-se que o ambiente de e-business global mantém-se assimétrico, de acordo com a edição de 2004 do "e-Readiness Rankings". "Os países mais aptos a coordenarem diferentes programas através de diferentes organismos e a aprenderem com as melhores práticas globais serão os que maiores avanços farão", conclui o relatório.



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