A Comissão Europeia lançou ontem uma nova estratégia, que visa pôr no terreno medidas que ajudem a potenciar o papel da tecnologia na missão de criar mais emprego, uma tarefa prioritária em toda a Europa neste momento.



Numa nota, a CE chama Tecnologias Facilitadoras Essenciais àquelas onde acredita estar a grande oportunidade para gerar mais empregos na Europa. Incluem-se neste leque a microeletrónica e a nanoeletrónica, mas também os materiais avançados, a biotecnologia industrial e a fotónica, ou a nanotecnologia e os sistemas de fabrico avançados.



De acordo com os cálculos europeus, este mercado das TFE valerá mil milhões de euros em 2015, contra os 646 milhões de euros que valia em 2008, passando a representar mais de 8% do PIB da região, um crescimento que se traduzirá em mais emprego, acredita a CE.



Só nas áreas relacionadas com a nanotecnologia as previsões europeias indicam que em 2015 a Europa conseguirá gerar 400 mil postos de trabalho qualificados, contra os 160 mil contabilizados em 2008.



Mas os números também mostram que embora a Europa esteja globalmente bem posicionada em termos de investigação e registo de patentes nestas áreas da tecnologia (30% dos pedidos de patentes a nível mundial vêm da região), essa liderança não se materializa na produção de bens e serviços e consequentemente na criação de emprego.



Para endereçar o problema são propostas um conjunto de medidas que passam por garantir o apoio financeiro do Banco Europeu de Investimento a projetos nesta área; assegurar condições de concorrência; potenciar políticas favoráveis ao desenvolvimento do sector; ou adotar abordagens estratégicas e integradas para o financiamento da I&D.





Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico




Cristina A. Ferreira