Tal como José Sócrates tinha antecipado, o nível de exportação de tecnologias nacionais superou o volume de importações em 2007, acabando com um saldo positivo de 66 milhões de euros. Os resultados foram ontem anunciados pelo primeiro-ministro, que atribuiu o bom desempenho português à aposta estratégica feita há três anos nas energias renováveis, escreve a Lusa.



José Sócrates salientou que "Portugal tem hoje um cluster nas energias renováveis que não tinha há três anos" e frisou que, actualmente, Portugal produz o tipo de tecnologias até aqui importadas, algo que só é possível dado o desenvolvimento do país no sector.



Já em 2006, Portugal tinha ficado próximo de atingir resultados positivos, registando um défice de apenas 30 milhões de euros na balança comercial, um número bem abaixo daquele que registava em 2004, quando o saldo negativo era de 275 milhões de euros, como anunciava o Gabinete do Plano Tecnológico no início de Março deste ano.



O responsável falou sobre os resultados na mesma ocasião em que a maior exportadora nacional em 2007, a Qimonda Portugal, anunciou a criação de uma infra-estrutura de produção de células fotovoltaicas na Vila do Conde.



Este investimento, orçamentado em 70 milhões de euros, irá empregar 150 colaboradores e revela "intensidade tecnológica" ao ser um projecto que "visa a exportação, compete na economia global e aposta nas energias renováveis que são orientação política com resultados", referiu o primeiro-ministro.



A unidade fabril, que resulta de um acordo entre a Qimonda AG e a CentroSolar Group, que deterá 49 por cento da estrutura, terá capacidade para produzir 30 milhões de células solares por ano, numa fase inicial, um número que deverá aumentar até aos 70 milhões no futuro.



Notícias Relacionadas:

2007-12-04 - 17º Congresso da APDC - Sócrates diz que spin-off da PT Multimédia deve ser aproveitado em benefício do sector