O Facebook pode estar a apenas algumas semanas de ver o Banco Central da Irlanda a aprovar uma nova ferramenta da empresa que permite guardar e transferir dinheiro. A maior rede social do mundo lançar-se-ia assim no sector dos serviços financeiros digitais e no universo dos pagamentos eletrónicos.



Esta é uma área que já tem sido sondada por outras grandes empresas como a Google através do serviço Wallet e que já tem outras empresas de renome no “trono”, como a PayPal.



Mas de acordo com o relato do Financial Times e com a interpretação da imprensa especializada, o Facebook pretende algo diferente através de parcerias internacionais com startups. A ferramenta permitiria armazenar dinheiro, transferi-lo e fazer compras através da plataforma social, sobretudo com o recurso ao telemóvel.



O que o Facebook alegadamente quer é entrar no mercado do dinheiro eletrónico nas economias emergentes, países onde existe um baixo número estabelecimentos bancários e caixas ATM. E como nos países em desenvolvimento os telemóveis são o único equipamento tecnológico disponível em grande escala, a rede social conseguiria entrar com força num novo mercado crescente e talvez fidelizar novos utilizadores noutras plataformas.



Mas com a alegada aprovação do Banco Central da Irlanda do Facebook como entidade de dinheiro eletrónico, a tecnológica também quer ir atrás do mercado europeu, prevendo-se sobretudo uma forte sedução aos países de leste e aos milhões de emigrantes que existem.



O Facebook tem tentado de tudo para se tornar uma tecnológica com várias valências. Desde a forte aposta no segmento mobile, através de aplicações e de um telemóvel, à compra de empresas como o Instagram e WhatsApp, passando pela realidade virtual dos Oculus Rift.



Um especialista ouvido pela Forbes diz que o Facebook tem uma probabilidade de 50% de vingar-se neste mercado: a favor está a larga base de utilizadores que a empresa tem, contra está o facto de o Facebook nem sempre ser associado a uma imagem de confiança e de privacidade.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico