O diretor executivo da Startup Portugal afirmou hoje que as startups portuguesas nos EUA não reportaram problemas associados à falência do SVB, mas admitiu "o risco" da situação alastrar e gerar falta de confiança generalizada. O Silicon Valley Bank (SVB) anunciou falência na sexta-feira e o Signature Bank também encerrou posteriormente.
"A falência do SVB foi o resultado de opções tomadas na gestão financeira da liquidez do banco e não de problemas ou risco dos seus clientes - as startups", afirma António Dias Martins. Uma corrida aos depósitos, "como a que aconteceu, resulta da falta de confiança dos depositantes e afetaria qualquer banco independentemente da sua solidez, balanço ou perfil dos seus clientes", disse o diretor executivo da Startup Portugal.
"Não se trata portanto de um problema do ecossistema empreendedor, mas da gestão financeira do banco e dos resultados e confiança que a mesma gera", apontou.
No entanto, António Dias Martins admitiu que "existe de facto um risco de esta situação alastrar e gerar uma falta de confiança generalizada".
E "isso tem de ser evitado a todo o custo e os bancos centrais, governos e reguladores deverão atuar e evitar que tal aconteça mostrando que aprenderam com a última crise financeira global", defendeu.
As startups e scaleups portuguesas que estão nos EUA "não nos reportaram problemas associados a esta falência, estando, pelo contrário, convictas da sua capacidade para honrar compromissos com trabalhadores e credores", rematou o responsável.
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