A France Telecom (FT) concordou em assumir a dívida de sete mil milhões de dólares (7,054 mil milhões de euros) da sua parceira alemã MobilCom numa resolução sobre a actual disputa entre ambas. A empresa transformou a dívida em duas obrigações, que podem depois ser convertidas em acções da FT, deste modo evitando uma subida acentuada no já por si substancial montante em divida.



O acordo cobre empréstimos bancários no valor de 4,8 mil milhões de dólares (cerca de 4,84 mil milhões de euros) para financiamento da licença UMTS, instalação de equipamentos efectuada pela Nokia e pela Ericsson no valor de 1,1 mil milhões de dólares (1,108 mil milhões de euros) e um empréstimo aos accionistas de um milhar de milhão de dólares (1,007 mil milhões de euros).



O plano resulta ainda no termo da rede de terceira geração, que foi o principal motivo de discórdia entre as duas empresas. A FT afirma que vai reservar 578 milhões de dólares (582,4 milhões de euros) para a suspensão. A empresa terminou igualmente o seu acordo de roaming com a rede alemã da KPN, a E-Plus, a um custo de 208 milhões de dólares que será distribuído pelos próximos quatro anos e que se inclui no valor de 578 milhões de dólares.



A E-Plus negou os rumores de um possível interesse na compra da rede de terceira geração construída pela MobilCom em troca de retirar as queixas relativas aos capitais que receberia com o acordo nacional de roaming que assinou, segundo indica a publicação CelularNews. A MobilCom acabou mais tarde por confirmar não ter vendido a sua infra-estrutura à E-Plus.



A France Telecom ganha com o acordo já que este inclui uma renúncia da MobilCom que irá por fim a qualquer acção legal em potência contra a si depois de a operadora francesa ter tentado suspender os planos de lançamento de rede 3G da empresa alemã. O acordo permite igualmente à France Telecom receber 90 por cento dos rendimentos sobre qualquer item UMTS possivelmente vendido pela MobilCom.



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