“Em 2021, aumentaram nove vezes os eventos detetados pela SIBS Paywatch, o que revela um aumento significativo da fraude ou tentativa de fraude, nomeadamente através de fake websites, phishing, vishing ou smishing”, apontou Madalena Cascais Tomé, na conferência "Como proteger os pagamentos? (Ciber)Segurança e prevenção da fraude", organizada pela Banco de Portugal (BdP), que decorre em Lisboa.

Segundo os dados hoje divulgados pela SIBS, um em cada 99 emails é phishing e já surge com algum contexto, por exemplo, é frequente, após a realização de uma compra ‘online’, receber um email que parece estar associado ao operador do logístico que vai entregar a encomenda, levando os utilizadores a aceder a determinado link.

Madalena Cascais Tomé lembrou que a "strong costumer authentication" é uma realidade desde 2021, o que implica que para fazer um determinado pagamento seja necessária uma impressão digital, reconhecimento facial ou outro dado biométrico ou a receção de códigos por sms ou email.

No entanto, apesar desta autenticação forte, a pegada digital dos utilizadores também tem aumentado, o que pode comprometer a segurança nos pagamentos. “Não se partilha nenhum dado sensível recebido por telemóvel, em qualquer momento, circunstância ou a qualquer pessoa”, alertou.

Os instrumentos de pagamento eletrónico apresentaram níveis de fraude “muito reduzidos” no primeiro semestre de 2021, destacando-se as operações com cartões na ótica da entidade emitente, com 0,03% em quantidade e valor, revelou o BdP.

Pagamentos eletrónicos registaram níveis de fraude "muito reduzidos" nos primeiros seis meses de 2021
Pagamentos eletrónicos registaram níveis de fraude "muito reduzidos" nos primeiros seis meses de 2021
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“No primeiro semestre de 2021, a utilização dos diferentes instrumentos de pagamento eletrónicos em Portugal manteve-se com níveis de fraude muito reduzidos”, lê-se no relatório dos sistemas de pagamentos 2021, divulgado esta sexta-feira.

Destacam-se, neste período, as operações com cartões na ótica do emitente, com um aumento de 0,03% em quantidade e valor. Contudo, o valor médio por fraude, que se fixou em 54 euros, foi o mais baixo.

As transferências a crédito, por seu turno, apresentaram 2.647 euros de valor médio por transação fraudulenta, “mas apenas três em cada milhão de transferências foram fraudulentas”.

O valor médio de fraude por débito direto situou-se nos 1.511 euros, acima do valor médio de 150 euros por operação, “em resultado de um pequeno número de fraudes por montante mais elevado”.

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