A fabricante de computadores Gateway afirmou que irá fechar a sua rede de 188 lojas próprias nos Estados Unidos durante a próxima semana e, consequentemente, despedir cerca de 2.500 funcionários. A venda directa de produtos irá continuar através da Internet e por linha telefónica, quando a empresa pretende transferir a presença física para as grandes cadeias de retalho.



A decisão acabou por não causar grande surpresa, já que a Gateway tinha anunciado que iria adoptar o modelo de negócio da eMachines, empresa rival que adquiriu no passado mês de Janeiro, baseado maioritariamente na distribuição de produtos através de lojas de retalho.



Todas as lojas próprias da Gateway irão encerrar no dia 9 de Abril, independentemente dos compromissos assumidos por cada uma delas e do inventário existente. Até lá, o preço da maior parte dos produtos existentes naquele espaço será reduzido, de modo a escoar o stock em armazém.



A fabricante assegurou, entretanto, segundo o noticiado online pela publicação Mercury News, que os seus funcionários irão terminar os trabalhos de reparação que têm em mãos e que os programas de formação a decorrer serão finalizados.



No ano passado, as lojas Gateway nos EUA transformaram-se em showrooms à medida que a empresa lançava novos produtos de electrónica de consumo com a sua marca, como câmaras digitais, leitores MP3 e TVs plasma. Mais do que locais para comprar produtos, passaram também a ser utilizadas como centros de formação para clientes que quisessem aprender a utilizar os seus computadores, assim como centros de atendimento técnico da marca Gateway.



A actual número três do mercado norte-americano de PCs - atrás da Dell e da HP - luta financeiramente há mais de três anos, com um prejuízo acumulado de 1,84 mil milhões de dólares.



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