Com as tendência de convergência que se faz sentir na indústria das tecnologias, media e telecomunicações (TMT), as empresas acabam por adoptar novos modelos de negócio, por reestruturar a cadeia de valor e por alterar os equilíbrios de poder. A mudança estratégica das companhias acaba por direccioná-las para um novo território, onde são confrontadas com novos produtos, novas alianças e mercados onde não estão habituadas a operar. Esta situação eleva exponencialmente os riscos com que as TMTs se deparam diariamente e com os quais têm de aprender a lidar.



É neste contexto que a Deloitte acaba de lançar o seu mais recente estudo, onde mostra até que ponto as politicas de gestão de risco podem ser benéficas para as empresas e, em oposição, como é que a falta de responsabilidades e de comportamentos que previnam o risco podem afundar uma companhia.



De acordo com a consultora, alguns CEOs recusam-se a assumir a sua responsabilidade quando confrontados com a falta de políticas de gestão de risco. Grande parte dos responsáveis que não têm este factor em conta, acabam por direccionar este "departamento" para outros segmentos das suas empresas quando, no entender da Deloitte, este é um assunto que deve preocupar todos os membros de uma organização.



Mesmo assim, pesquisas recentes mostram que muitos CEOs consideram a gestão de risco um dos factores de maior preocupação, enquanto que outro estudo indica que mais de três quartos das empresas estariam dispostas a esquecer a actual política de gestão de risco e a iniciar uma nova caso o pudessem fazer. Por outro lado, cada vez mais, quer os quadros de direcção quer os comités de auditoria, querem assegurar que os riscos que as suas empresas correm estão identificados e têm uma política de gestão, neste caso, de resolução.



Caracterizando a visão actual das empresas como "complexa", a Deloitte diz que são apenas necessárias duas palavras para ajudar as TMTs a intensificar regulamentos e a responder as exigências dos accionistas de forma eficaz: Risk Intelligence.



Por isso as empresas deverão estruturar um quadro de regulamentação em Risk Intelligence de forma a assegurar que os objectivos primários das companhias - criar e preservar valor - são conseguidos e conduzidos de forma eficaz, gerindo o risco tanto a nível centralizado como descentralizado.



A meta inicial na estruturação de um quadro desta natureza é começar por identificar entre 10 a 20 riscos críticos das companhias. A partir daqui, as empresas deverão traçar métodos de resposta eficazes tendo por base alguns princípios básicos que se estendem a várias dimensões da organização - estratégia operacional, financeira, jurídica e regulamentar, a nível de recursos humanos, entre outros níveis. Neste campo, as tecnologias podem ajudar as organizações, já que existem diversas plataformas que permitem identificar, reportar e monitorizar o nível do risco em questão.



Por fim a Deloitte conclui que adoptando esta estratégia, os gestores terão acesso a uma informação clara acerca da exposição da empresa aos riscos e à forma como estes estão a ser geridos. No final, os resultados acabam por ser positivos a vários níveis, já que são reduzidos os custos operacionais e na gestão de risco, é melhorada a capacidade de resposta a vários tipos de cenários críticos através de estratégias pensadas e flexíveis, criando um quadro estável e confortável a todos os elementos da organização, incluindo accionistas.



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