Dois senadores norte-americanos solicitaram à Comissão Federal do Comércio que avance com uma investigação formal à Google, que permita averiguar se a empresa está a abusar da sua posição dominante, ou pretende fazê-lo no futuro.


Os senadores integraram uma comissão que analisou a líder mundial das pesquisas e procurou indícios de abuso de posição dominante, reagindo a queixas contra a empresa. Do trabalho da comissão – concluído no passado mês de setembro - não resultou qualquer conclusão desfavorável à Google, mas mesmo assim os senadores acreditam que deve haver uma investigação formal às atividades das empresas.


Numa carta ao regulador norte-americano, os senadores defendem que a investigação da FTC deve ter um foco particular nas suspeitas de que a Google possa favorecer os seus produtos e serviços nos resultados da pesquisa, conforme indicam queixas de alguns concorrentes.


No pedido segue ainda um alerta, relativamente às estratégias que a Google pode vir a usar no mercado móvel, para expandir ainda mais o uso do seu motor de busca.


Os investigadores devem também avaliar se a Google está a usar o Android para forçar os fabricantes de hardware a definir o motor de busca da empresa como preferencial nos seus equipamentos, defende a carta.



No documento, que a imprensa norte-americana sublinha ser uma iniciativa rara, é ainda mencionado o facto de seis Estados norte-americanos terem em marcha processos de investigação contra a gigante das pesquisas, tal como a existência de investigações em outras regiões do globo.



Um dos exemplos mencionados é o da investigação que a Comissão Europeia tem em marcha neste momento. Também no caso europeu a investigação procura apurar se a Google favorece os seus serviços nos resultados de pesquisa.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira