O segundo inquérito realizado em 2004 pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) baseou-se numa amostra total de 2178 inquiridos, cujas conclusões indicam que o perfil do investidor português online é maioritariamente masculino (92,5 por cento), possui habilitações académicas superiores, tem idade compreendida entre os 25 e os 34 anos e reside na capital. Deste universo, 4,8 por cento afirmou deter uma conta de títulos "tradicional", enquanto que a restante percentagem mencionou utilizar uma conta online para movimentar a respectiva carteira.

De facto, a elevada percentagem de investidores (57,1 por cento) com conta online há mais de dois anos demonstra o interesse pela corretagem. Contudo, este entusiasmo tem vindo a perder algum ritmo nos últimos anos. O estudo revelou que 20,7 por cento dos inquiridos tem conta há menos de dois anos e 11,3 por cento aderiu recentemente a esta nova funcionalidade.

Quase 54 por cento dos investidores mencionaram o BigOnlinet como o site mais consultado, seguido do ActivoBank com 11,6 por cento e do Millennium BCP, da Caixa Geral de Depósitos e do Banco Português de Investimento com 5,9 por cento cada. De fora ficaram o Netinvest e o BES dos Açores.

O património financeiro destes investidores é composto por acções (82,9 por cento) das quais 75 por cento pertencem ao mercado português e por Unidades de Participação em Fundos de Investimento apesar de tais aplicações não se manterem paradas por um prazo superior a seis meses.

A Internet e os sites das instituições onde se encontram as aplicações são os meios mais utilizados para recolha de informação e efectuar operações uma vez que a facilidade de navegação e rapidez das ordens foram as características apontadas como mais valias. Quanto à recepção de mensagens não solicitadas através do email (conhecido por spam), constatou-se que cerca de 43,9 por cento dos investidores inquiridos já passaram por esta situação.

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