Os executivos da Oracle consideraram que a compra da Sun foi um erro e foi nessa altura que a empresa decidiu por termo à parceria que mantinha com a HP e com a Intel e descontinuar o desenvolvimento de software para a plataforma Itanium, acusa a Hewlett-Packard.

A afirmação integra a queixa apresentada, esta segunda-feira, pela empresa norte-americana no Supremo Tribunal do Estado da Califórnia, relativa ao litígio que a opõe à número um das bases de dados em redor da Itanium, avança a PCWorld.

O "desentendimento" começou em março de 2011, quando a Oracle anunciou o fim do desenvolvimento de software para a plataforma da Intel. Na altura a empresa afirmava que a decisão tinha resultado das várias conversas mantidas com o presidente da Intel, que lhe permitiram concluir que a fabricante estava "objetivamente focada na arquitetura x86" e que a Itanium estava em fim de vida.

A Oracle aproveitou ainda para sublinhar que a Microsoft e a RedHat também já tinham parado os desenvolvimentos de software para a Itanium, além de mencionar que a plataforma também não tinha sido referida nas orientações estratégicas apresentadas por Léo Apotheker, na altura presidente da HP, dias antes.

Com um forte investimento na arquitetura da Intel, a resposta da HP surgiu de imediato, acusando a Oracle de "comportamento anti-competitivo, à medida que tenta salvar o seu negócio em declínio de servidores Sun".

Entre os vários argumentos que integram a queixa apresentada em tribunal esta segunda-feira, a HP refere que a Intel refuta as alegações da Oracle sobre o suposto fim-de-vida da arquitetura Itanium. "Longe de estar perto de seu fim, a Itanium tinha acabado de ganhar um novo fôlego quando a Oracle fez o seu anúncio".

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Patrícia Calé