O Instituto Civil da Autodisciplina da Publicidade (ICAP) requereu à Vodafone Portugal a suspensão imediata da campanha publicitária em que compara os seus serviços com os da Clix, por tal ser desconforme ao Código da Publicidade.

Na campanha a Vodafone compara os produtos de banda larga Duplex ADSL 12 e 24 Megas com os preços praticados pela concorrência, nomeadamente os tarifários da Clix ADSL de 12 e 24 Megas que, porém, são compostos por telefone, Internet e televisão, quando a oferta da empresa de António Carrapatoso reúne apenas telefone e Internet.

Na queixa que apresentou junto do ICAP, a Sonaecom, dona da Clix, acusa a Vodafone de ter seleccionado e omitido de forma desonesta "características essenciais dos produtos dos seus concorrentes, nomeadamente o Clix, para assim conferir maior destaque aos seus próprios preços".

Já a operadora de António Carrapatoso em sua defesa alegou que "não omitiu" características essenciais dos produtos dos seus concorrentes "pois informa devidamente que: 'o comparativo tem por base a necessidade de um cliente para um acesso ADSL Internet a cerca de 12 e 24 megas, sem valorizar ofertas ou serviços extra, em alguns casos gratuitos, como o acesso ao serviço de telefone ou de televisão com oferta de canais'", sendo esta a legenda que surge no quadro comparativo do anúncio.

Apesar da resposta da Vodafone, o ICAP concluiu que houve por parte da operadora "uma clara omissão de determinado tipo de características essenciais dos produtos dos seus concorrentes (...) dessa forma beneficiando o seu próprio produto, o que está em clara violação com o previsto no art. 16.º do Código da Publicidade e no art. 15.º do Código de Conduta do ICAP".