Esta segunda-feira, a Microstrategy comunicou ao mercado que na semana passada comprou mais 5.262 bitcoins por cerca de 561 milhões de dólares. Cada um custou 106,6 mil dólares. A nova aquisição aumentou para mais de 444 mil o número de moedas virtuais já compradas pela empresa de software empresarial, que pôs em marcha esta estratégia em 2020. Só este ano a Microstrategy comprou 255 mil bitcoins.
O portfólio atual de ativos digitais da empresa fundada e liderada por Michael Saylor valerá hoje qualquer coisa como 42 mil milhões de dólares e o investimento em Bitcoins será a principal razão para o avanço explosivo na valorização da companhia, que passou de uma capitalização bolsista de 1,1 mil milhões de dólares quando a estratégia começou, para 82 mil milhões.
A Microstrategy é aliás neste momento a quarta entidade a nível global com mais bitcoins, depois do criador da moeda, Satoshi Nakamoto, da BlackRock (ETFs) e da Binance. À conta da estratégia, as ações da empresa valorizaram este ano cerca de 400%, depois de ganharem 346% no ano anterior. Só depois da eleição de Trump ganharam 60%.
Como recorda um artigo da CNBC, a unidade de software da companhia, especializada em business intelligence, fatura pouco mais de 100 milhões de dólares por trimestre e a empresa já passou por momentos difíceis. Na crise das dotcom as ações da Microstrategy perderam quase todo o valor.
A Microstrategy chegou à bolsa em 1998 e logo no arranque da negociação as ações valorizaram 76%. Acabaram por cair a pique durante a crise e foram recuperando de valor lentamente, até à reviravolta do início da década, quando entrou em ação a estratégia de compra de bitcoins. Em novembro, voltaram a atingir o seu melhor valor de sempre, registado originalmente no final dos anos 90.
A estratégia de Michael Saylor é pouco consensual, mas até à data tem resultados. Com sobressaltos pelo meio é certo. Desde que a estratégia de compra de bitcoins arrancou para a Microstrategy, a moeda chegou a desvalorizar 74% em 2022. Entretanto, há quem defenda que o gestor transformou a Microstrategy num esquema ponzi, que em algum momento irá colapsar.
O empresário, por seu lado, está convicto que traçou um caminho sem falhas para que a empresa pudesse ligar-se às bases da economia do futuro e não se convertesse numa empresa “zombie”, como tem chamado às que não estão a usar o dinheiro que têm em caixa para fazer o mesma. Exemplo: a Microsoft, de que também é acionista e a quem apresentou uma proposta para uma estratégia idêntica, vetada pela maioria dos acionistas.
No final de outubro, a Microstrategy anunciou um plano para levantar investimentos de 42 mil milhões de dólares em três anos, para continuar a reforçar a estratégia de compra de Bitcoins. Parte do negócio vai ser feito através da venda de ações da empresa a investidores institucionais como a TD Securities ou o Barclays, o que acaba por mostrar que há mais quem acredite que o caminho traçado por Michael Saylor pode resultar.
Saylor tem dito em entrevistas recentes que qualquer momento é bom para comprar bitcoins. O gestor está convencido de que a moeda continua “barata”, face ao potencial de valorização que continua a ter. Também defende que o Bitcoin é o ativo mais estável de uma nova economia digital que progressivamente dominará o mundo e os negócios.
Segundo as projeções de Michael Saylor, em 2045 um Bitcoin deve valer já 13 milhões de dólares, uma evolução que a confirmar-se garantiria à moeda uma valorização anual de 29% e aos acionistas da Microstrategy um grande retorno.
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