Os valores estimados divergem, mas numa coisa as agências Initiative e Omnicom estão de acordo: as grandes excepções às quebras no investimento em publicidade este ano são esperadas nos segmentos da Internet e televisão por subscrição.

"Nos próximos anos vão manter a tendência de crescimento", disse ao Correio da Manhã o director-geral da Initiative Portugal, classificando estes dois meios como o "grande motor" do investimento publicitário.

O mercado da publicidade online está mais maduro e reflecte o crescimento de todo o universo digital, dos sites aos motores de busca, mas também nas redes sociais e mobile, acrescentou o responsável.

No cabo, as razões para o aumento do investimento passam pelo crescimento do mercado, pelo maior número de estações e também pelo maior investimento dos grupos de media nestes canais, segundo o presidente executivo da OmnicomMediaGroup Portugal, citado pelo jornal.

De acordo com Luís Mergulhão, o investimento publicitário global em Portugal, deverá situar-se nos 673,5 milhões de euros este ano, o que representa uma quebra de 2,5 por cento face a 2010, numa altura em que o mercado "já devia ter ultrapassado os mil milhões de euros". Desse valor, 5,8 por cento serão destinados à publicidade em canais de televisão por cabo e 5,2 por cento à Internet.

As previsões da Initiative são menos animadoras, antecipando uma quebra até aos 5 por cento no investimento (global) este ano. O ano passado, o investimento já terá caído entre 2 a 3 por cento, segundo a empresa. Para a Omnicom, 2010 terá sido ainda um ano de crescimentos, com um aumento de 1,5 por cento face ao ano anterior.

Apesar dos valores, os especialistas estão optimistas, principalmente quanto ao desempenho dos novos media de investimento, defendendo que os portugueses estão a consumir mais informação, apenas estão a segmentar esse consumo por diferentes meios - como a Internet e a TV por subscrição.