Inspirado no “padre voador” que ficou famoso por ter inventado o primeiro aeróstato, a que chamou “a passarola”, o prémio Prémio Bartolomeu de Gusmão quer distinguir “o triunfo do sonho” mas também a capacidade de empreendedorismo e inovação das empresas e startups portuguesas, como destacou ontem a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, na cerimónia de entrega dos prémios.
Esta é a primeira edição do galardão que foi criado pelo ministério da Justiça, em ligação ao Instituto de Propriedade Industrial (INPI), responsável pelo registo de marcas e patentes, e integra-se no programa Justiça + Próxima. Por isso está focado nas organizações que mais patentes registam e que conseguem maior projeção com as suas invenções, sendo organizado em quatro categorias – Inovação Tecnológica, Inovação nas Marcas e no Design, Internacionalização e Startups Inovadoras – a que se soma ainda o Prémio de Mérito e Excelência.
A ministra destacou a capacidade empreendedora dos portugueses, que é conhecida e se tem manifestado em muitos domínios, permitindo a sustentabilidade de empresas e a sua diferenciação no mercado. “A proteção da Propriedade Industrial é crítica para o negócio e a competitividade” e é um dos mecanismos que garante retorno, justifica, uma ideia que também foi defendida pelo Primeiro Ministro António Costa, que lembrou que “o modelo de desenvolvimento do país só pode assentar na capacidade de investir em conhecimento e transferir esse conhecimento para o tecido económico e transformar em inovação”, e alertou para a necessidade de continuar a combater a contrafação.
Entre as empresas galardoadas há companhias centenárias, como a Vista Alegre e a Corticeira Amorim, mas também organizações recentes, como o Laboratório Ibérico de Nanotecnologia. E startups. Mas estão todas reconhecidamente no top das mais inovadoras, e isso justificou a escolha do júri do prémio.
A Bial, Hovione e o Laboratório Ibérico de Nanotecnologia receberam o prémio de Inovação tecnológica, enquanto a Corticeira Amorim, a Vista Alegre e a CEiiA – Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel – foram galardoados com o prémio Inovação nas Marcas e no Design. O Prémio Internacionalização foi entregue à Renova, à Navigator Company e à Silampos, e as Startups Inovadoras escolhidas foram a Perceive 3D, a Feedzai e a Biopremier.
O Prémio de Mérito e Excelência foi entregue ao comendador Rui Nabeiro, empresário que criou a Delta e que tem investido na industrialização mas também na inovação da empresa de Campo Maior, que tem conseguido competir com marcas internacionais no sector do café.
A próxima edição do prémio está prevista para 2020 e o ministério prevê a abertura à sociedade das candidaturas às categorias definidas, com submissão dos projetos. Em todas as edições existirá um vencedor do Prémio de mérito e excelência na Propriedade Industrial que resulta apenas da escolha do júri.
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