A União Europeia vai decidir nas próximas semanas se inicia ou não uma investigação às empresas chinesas Huawei e ZTE pela prática de preços demasiados baixos que supostamente violam as regras do comércio internacional.
A confirmação foi feita ao The Wall Street Journal pelo comissário europeu Karel De Gucht. "Estamos a seguir este caso de perto e as investigações continuam. Vamos ver durante as próximas semanas, senão meses, qual deve ser o passo decisivo a ser tomado".
Karel de Gucht confirmou ainda que a União Europeia tem feito contactos com os governantes chineses, não sobre a Huawei e a ZTE em específico, mas sobre o tipo de financiamento estruturado que o Governo chinês supostamente dá às empresas e que lhes permitem praticar preços muito mais baixos que os restantes concorrentes mundiais.
O organismo europeu desconfia que Huawei e a ZTE estejam a ser financiadas por entidades estatais chinesas, principalmente bancos. Como o TeK revelou na semana passada, um alegado relatório da UE aconselha o organismo a tomar medidas contra as duas marcas chinesas pelo perigo que representam em termos de segurança e em termos económicos.
A União Europeia já teve intenções de investigar empresas chinesas por práticas comerciais pouco justas, mas acabou por desistir por falta de uma queixa oficial apresentada por alguma empresa europeia. Caso a investigação avance sem que nenhuma marca apresente queixa, o caso pode ser visto como um confronto direto comercial entre a Europa e a China, e não como um caso de violação de regras antitrust entre duas empresas.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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