A edição 2005 do "The EU Industrial R&D Investment Scoreboard" - uma listagem do investimento empresarial em investigação e desenvolvimento na União Europeia -, mostra o regresso aos crescimentos, embora os valores permaneçam aquém dos registados entre as empresas não europeias.



Depois de um declínio de dois por cento durante 2004, o investimento em I&D entre as empresas da UE registou uma taxa de crescimento de 0,7 por cento, contudo muito atrás dos valores reservados pelas suas congéneres não europeias, que subiram sete por cento.



Mas os resultados deste scoreboard de I&D mostram igualmente uma outra vantagem para a Europa, quando indica que o maior investidor em I&D é a Daimler-Chrysler, actualmente uma empresa europeia. Entre os cinco lugares cimeiros encontra-se uma outra empresa da UE, a Siemens.



No total, as 1.400 empresas que integram esta análise anual da Comissão Europeia - as 700 maiores europeias e as 700 maiores não europeias -, investem 315 biliões de euros em I&D. Entre os 25 maiores investidores, nove estão sediados na UE, sendo que 45 por cento das 700 empresas europeias empresas inquiridas aumentaram o seu investimento em mais de cinco por cento relativamente ao scoreboard do ano passado.



Um dos factores que segundo a Comissão poderá explicar a diferença de investimentos existente entre as empresas da UE e as do resto do mundo poderá estar relacionado com a caracterização sectorial que as duas regiões assumem. Nos Estados Unidos, por exemplo, existe um grande número de tecnológicas que assegura investimentos em I&D constantes, enquanto as europeias estão concentradas em sectores como o automóvel e peças, visto como de "tecnologia-média", onde os investimentos em I&D não são tão significativos.



Na Europa, o sector empresarial é a fonte de 54,3 por cento do investimento total em I&D, comparativamente a 74,5 por cento no Japão, a 63,1 por cento nos EUA e a 60,1 por cento na China.



"A edição 2005 desta tabela deixa espaço para algum optimismo, mas também mostra a enorme tarefa que temos pela frente se quisermos transformar a UE numa verdadeira economia do conhecimento", refere Janez Potocnik, comissário para a ciência e investigação.



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