José Luís Arnaut, ministro adjunto do primeiro-ministro, criticou ontem os sites governamentais existentes na Internet referindo que a maior parte deles se limita a prestar informação, não tem interactividade e são raros os que permitem efectuar transacções. Referindo um estudo recente de uma conhecida empresa multinacional, cujo nome não indicou, o ministro adjunto de Durão Barroso sublinhou que "Portugal perdeu competitividade no domínio do Governo Electrónico".
José Luís Arnaut interviu na sessão de encerramento do Fórum da Administração Pública sobre a "Reforma do Estado - Qual o papel das Tecnologias da Informação?", que decorreu durante todo o dia na Feira Internacional de Lisboa (FIL) com a organização da Revista Inter.Face.
Segundo este responsável, apesar de existirem bons exemplos de sites com os quais vale a pena aprender "houve muitas iniciativas, dispersas e não coordenadas, com pouco impacto na vida dos cidadãos" e exemplifica "fizeram-se boas montras digitais, mas o back-office continuou analógico. Lançaram-se sites, mas não se refizeram processos".
o esforço desenvolvido pela Administração Pública foi considerável, admite José Luís Arnaut, mas considera que "vale a pena ir mais longe, com outra ambição mas sobretudo com outro nível de digitalização. Está na altura de dar o salto", sublinha.
O modelo que o Governo vai adoptar incide na estratégia centralizada e na execução descentralizada "adoptámos este modelo inspirados em diversos casos de sucesso em diversos países, por acreditarmos que esta área é uma área em que a coordenação transversal é o ponto crítico de sucesso".
Para o ministro adjunto, mais do que uma rede de sites, o Governo Electrónico constitui uma excelente oportunidade para desencadear um processo de transformação do Estado, apoiado nas tecnologias da informação e das comunicações.
Estabelecendo três objectivos, o governo compromete-se a "assegurar a melhoria dos serviços prestados aos cidadãos, a reduzir os custos de funcionamento do Estado e a criar valor na economia promovendo muitas e variadas oportunidades de novos negócios".
O ministro acrescentou ainda que a sua filosofia de acção passa por aproveitar as tecnologias de informação para melhorar a eficácia e a eficiência da Administração Pública, "focando os serviços no cidadão-cliente".
Notícias Relacionadas:
2002-03-05 - Comissão Europeia anuncia nova plataforma para serviços de eGovernment
2002-02-28 - Avaliação dos sites do Estado aponta falhas na acessibilidade a cidadãos com necessidades especiais
2001-11-30 - Europa discute estado de implementação de governos electrónicos
2001-07-13 -Avaliação dos sites da AP em concurso
2001-04-20 - Administração Pública quer acompanhar tecnologias
2001-04-15 - eGovernment de boa saúde
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Mats Steen: a história de um jogador de World of Warcraft que foi além do virtual -
App do dia
Infinity Nikki chegou e é considerado um dos mais belos jogos para smartphones -
Site do dia
Video Ocean é uma plataforma de IA para converter imagens e texto em vídeo -
How to TEK
Cansado de respostas na pesquisa do Google com elementos de IA? Saiba como desativar
Comentários