Um estudo realizado no Reino Unido com vista a apurar a forma de utilização da Internet pelos indivíduos de idade entre os 35 e 45 anos mostra que um terço já admite sentir-se perdido sem o acesso à rede, apesar de inicialmente o serviço ter sido adquirido para os seus filhos. O inquérito da Panlogic, citado pela BBC, prova mais uma vez que são os mais jovens a introduzir em casa o vício da Internet, mas que os adultos vão progressivamente aderindo ao serviço.

Nos lares, as crianças são os utilizadores de Internet mais avançados. A análise indica que 88 por cento das crianças que ainda frequentam a escola primária usa a Internet em casa e que a percentagem sobe para 95 por cento nas idades compreendidas entre os 11 e os 18 anos.

Embora os computadores tenham sido originalmente adquiridos para finalidades escolares, e sejam muito utilizados também nesse sentido, as crianças estão a alargar progressivamente o âmbito da sua navegação na Internet, nomeadamente para realizar compras online.

"A Internet tornou-se uma parte de vida quotidiana e começa a dominar a vida das crianças que estão cada vez mais absorvidas na cultura digital", referiu Makower. "É bom ver o entusiasmo gerado à volta da Web mas isto conduz inevitavelmente a uma preocupação sobre a segurança e conteúdo inadequado", sublinhou.

De acordo com o mesmo estudo, as mulheres também estão a dar mais importância ao computador. Existem dois grupos distintos quando se fala num relacionamento com a Web: as "mães gerentes", que encaram a Internet como um complemento de tarefas, por exemplo, compras de retalho ou negócio bancário; e as "mães indiferentes", que ainda não introduziram o hábito da Internet nas suas vidas. Hoje em dia, segundo a Panlogic, existem mais mulheres na primeira categoria do que na segunda.

Já a categoria mais popular para os homens é a de "pai gadget", aquele que gosta da tecnologia e tem os últimos brinquedos tecnológicos, desde a Sky TV a um sistema de navegação de carro. Mas quando um pai é menos confiante na tecnologia, é habitual que sejam os seus filhos a darem o impulso para explorar a Internet.

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