Com a compra da divisão de PCs da IBM, a Lenovo terá em Portugal uma empresa independente, mas que irá operar como uma unidade única a nível ibérico, tal como acontecia antes da concretização da transacção, adiantou ao TeK Isla Ramos, directora da Divisão de Computadores Pessoais para a IBM Espanha e Portugal. "Gerir o negócio como uma única entidade torna-nos mais eficientes sob vários aspectos", justificou a responsável.



As pessoas dedicadas à agora antiga unidade serão transferidas para a Lenovo, uma decisão que se aplicará em todos os países onde a IBM se faz representar. Em Portugal, a equipa tem fisicamente quatro elementos, mas parte da equipa espanhola trabalha igualmente o mercado nacional. A decisão terá também repercussões a todos os níveis hierárquicos, estando por isso prevista a integração de Isla Ramos nos quadros da nova empresa.



A infra-estrutura, serviços e suporte e finanças irão permanecer na IBM, segundo explicou a responsável, enquanto a parte relativa às vendas e ao marketing estarão à responsabilidade da Lenovo. "Iremos trabalhar como uma 'grande família'", considera.



A venda da unidade de PCs da IBM à Lenovo teve lugar no final do ano passado e envolveu um montante de 1,75 mil milhões de dólares. Mediante a estratégia estabelecida, a Big Blue vai manter uma posição de 19 por cento no capital da Lenovo, que nos próximos cinco anos poderá usar a marca IBM.



Na opinião de Isla Ramos, a maneira como a Lenovo irá funcionar não será diferente da forma como a IBM conduziu o seu negócio. "Do ponto de vista operacional não existirá grande diferença, uma vez que vamos trabalhar de forma muito próxima com a IBM, de modo a mantermos as mesmas condições contratuais com os nossos parceiros e clientes", garantiu.



Todos os laboratórios e unidades de desenvolvimento da IBM dedicadas a área dos computadores pessoais serão transferidas para a Lenovo, o que, segundo Isla Ramos, reflecte a intenção da nova empresa em manter o nível actual de inovação e o mesmo sentido de estratégia.



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